Antigo secretário-geral do PS confirma entrada na corrida a Belém num vídeo em que diz representar “uma visão progressista” e apela para não se colocar “todos os ovos no mesmo cesto”.
António José Seguro vai avançar com uma candidatura à Presidência da República. Num vídeo divulgado pela CNN Portugal nesta terça-feira, o antigo secretário-geral do PS diz que tomou a decisão, no dia em que começa uma legislatura "que vai exigir muito de todos nós", por acreditar que "o país precisa de mudança e de esperança numa vida melhor".
"O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, mas também confiança nas instituições, confiança de que quem está no poder serve - e não se serve -, confinaça de que deixaremos aos nossos filhos mais do que aquilo que recebemos dos nossos pais", disse António José Seguro, na curta declaração gravada.
O antigo secretário-geral do PS, que sucedeu a José Sócrates e acabou por perder a liderança para António Costa, entrou para o lote dos "presidenciáveis" no final do ano passado. Além de ter dado início a uma agenda marcada por sucessivas intervenções públicas, o agora professor universitário, que tem 63 anos, passou a ter um espaço semanal de comentário político na CNN Portugal.
Foi nesse mesmo espaço que, na passada quinta-feira, disse que a sua reflexão quanto à decisão a tomar quanto às eleições presidenciais, que serão disputadas em janeiro de 2026, estava quase terminada. E explicou que, sendo certo que queria e podia candidatar-se, restava perceber se deveria fazê-lo.
Seguro defende “uma democracia de confiança”, em que “os políticos respondem pelo que fazem” e o Estado “está presente onde é preciso, com ética, competência e transparência”. “As pessoas estão fartas de promessas vazias, jogos partidários e discursos que nada resolvem. Eu não venho da política tradicional. Venho com vontade de servir Portugal com seriedade”, acrescenta, fazendo uma referência náutica numa eleição em que enfrentará um almirante: “Vivo sem amarras.”
Por apurar está se terá apoio do partido que liderou entre 2011 e 2014. O provável único candidato a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro já disse que, tendo “imenso respeito e consideração” por Seguro e pelos possíveis candidatos António Vitorino e Augusto Santos Silva, dará preferência à candidatura que “melhor preservar a unidade” do partido.
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