Um imóvel situado na Zona de Expansão Lt77, em Idanha-a-Nova, que a autarquia adquiriu a 25 de Agosto de 2018 por 270 mil euros, encontra-se em completo abandono como registam as fotos tiradas pelo Diário Digital Castelo Branco.
Trata-se de um imóvel que era um empreendimento comercial de um espaço de animação noturna (discoteca) chamado "Centro 2", efetuado por um empresário idanhense, ao qual, a agência da Caixa do Crédito Agrícola de Idanha-a-Nova, concedeu um crédito financeiro para a sua construção de raiz, e que , segundo a autarquia, se encontra cedido através de Contrato de Comodato à Associação Clonlara – Portugal".
Fonte bancária avisou o Diário Digital Castelo Branco, à época, para a coesão que o presidente da Caixa Agrícola da Beira Baixa Sul, Joaquim Morão, estava a fazer junto da Câmara Municipal, para que esta adquirisse o imóvel cujo crédito, supostamente, já se encontrava na lista dos créditos mal parados daquela Agência.
Os 270 mil euros pagos pela edilidade foram divididos por 5 prestações e transferidos da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. A primeira de 50 000,00 euros em 27.12.2016. A segunda de 40 000,00 euros em 22.03.2017; a terceira de 45 000 euros em 18.09.2017; a quarta de 45 000 euros em 21.11.2017 e a quinta de 90 000,00 euros em 25.05.2018.
Apesar da escritura pública referir como forma de pagamento do imóvel números de contas bancárias da Caixa Agrícola, o processo da sua aquisição já foi investigado pelo Ministério Público, por denúncia anónima, tendo o mesmo sido arquivado.
Questionada qual o motivo deste aparente abandono, sem referir o motivo desta aquisição imobiliária, a Câmara Municipal explica que o "município foi abordado por uma associação sem fins lucrativos, a Associação de Juventude de Idanha-a-Nova - AJIDANHA, comunicando a necessidade de um espaço adequado ao desenvolvimento da sua atividade. Analisada a situação pelos serviços do Município, verificou-se que efetivamente este não dispunha de qualquer espaço para prestar apoio adequado aquela associação e a outras de cariz cultural, social e educacional. Sabendo da existência do referido imóvel para venda, o mesmo foi adquirido para os fins previstos. Motivo pelo qual se decidiu assim adquirir o imóvel em causa. Já em 2018, aquela associação viria manifestar a desistência da sua pretensão em utilizar o referido imóvel.
Posteriormente a Clonlara – Portugal, associação sem fins lucrativos, manifestou interesse em utilizar as instalações da antiga Discoteca para o desenvolvimento da sua atividade, as quais acabaram por ser cedidas por contrato de comodato, permitindo dedicar o edifico à mesma finalidade com que foi adquirido.
O edifício foi adquirido cumprindo todos os requisitos legais. Naturalmente na realização das normais diligências, que antecedem a aquisição de qualquer edifício, o Município tomou conhecimento que o mesmo estaria onerado com uma hipoteca, tendo sido tomadas todas as precauções no sentido de garantir que fosse adquirido livre de ónus ou encargos. O Município desconhece qualquer outro elemento relacionado com o contrato mútuo subjacente à hipoteca,” lê-se na nota enviada ao Diário Digital Castelo Branco.
A Câmara Municipal só não revelou qual era a atitude que iria tomar junto da Associação Clonlara – Portugal para esclarecer o estado em que se encontra o imóvel municipal.
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