O Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo (CIART), em Vila Velha de Ródão, reabre na próxima sexta-feira, 17 de Outubro, com um espaço requalificado e ampliado e um novo projeto museológico, que procura valorizar aquele que é um dos mais importantes conjuntos de arte pós-paleolítica da Europa.
A obra representou um investimento de cerca de 953 mil euros por parte do Município de Vila Velha de Ródão, comparticipados em cerca de 493 mil euros pelo FEDER, através do programa Centro 2020, enquanto o novo projeto museológico se traduziu num investimento aproximadamente de 276 mil euros, comparticipados em 96 mil euros pelo FEDER, através do programa Interreg Espanha – Portugal.
Inaugurado em 2012, o CIART tem como principal missão apoiar o estudo e a preservação do Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, constituído por mais de 20 mil gravuras dispersas ao longo de 40 quilómetros de ambas as margens do rio Tejo e alvo de várias campanhas de salvamento arqueológico, a partir de 1971, até à sua quase completa submersão, em 1974, pela albufeira resultante da construção da barragem do Fratel.
Encerrado ao público em 2020, o espaço foi alvo de uma profunda intervenção de requalificação e ampliação que, entre outros aspetos, incluiu a construção de uma nova entrada e a criação de novas galerias expositivas, de um centro de documentação e de espaços multimédia e audiovisuais. O projeto implicou a completa reformulação do espaço interior e a ampliação do edifício, assim como a definição de um novo projeto museográfico, que valoriza o acervo documental e fotográfico que resultou das campanhas de salvamento arqueológico.
Na nova exposição permanente do CIART é apresentado um enquadramento geológico e geomorfológico da paisagem, sendo os visitantes convidados a entender o provável modo de vida no tempo dos caçadores-recoletores e sobre as diferentes manifestações da arte rupestre na zona. Do Neolítico e Calcolítico até aos dias de hoje, os visitantes são levados numa viagem pelo tempo numa região singular.
“O CIART assume-se ainda como uma homenagem a uma geração de arqueólogos e estudantes, cuja dedicação e zelo garantiram, a partir de finais de 1971, a catalogação e registo deste valioso património e que ficaria conhecida como a ‘Geração do Tejo’”, explica, em nota de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que acrescenta que o objetivo é que “mais do que um museu, este seja um espaço que agregue investigadores, estudantes e centros universitários e se assuma uma porta de entrada para a investigação deste que é um dos mais importantes complexos de arte rupestre da Europa”.
A partir de 21 de Outubro e durante o outono e inverno, o CIART pode ser visitado de terça-feira a sábado, entre as 10:00 e as 12:30 e as 14:00 e as 17:30 horas, encerrando aos domingos e segundas-feiras.
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