Castelo Branco: Câmara perdeu dois Hospitais Privados para a Covilhã

O assunto, levantado com frequência nas reuniões do executivo camarário albicastrense devido à construção de um hospital privado na Covilhã, com o anúncio da chegada do segundo, desta vez da CUF, o tema voltou a ser debatido.

  • Região
  • Publicado: 2023-05-31 14:07
  • Por: José António Baleiras

Na reunião pública do executivo camarário do passado dia 19 de Maio, tanto o vereador Luís Correia (SEMPRE), como João Belém (PSD) mostraram-se preocupados e indagaram sobre se existiram contactos com o município albicastrense, querendo saber também qual o ponto da situação relativamente a esta temática. 

O Presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, anunciou, então, que “houve e há contactos com grupos privados a operar na área da saúde no nosso país, pelo que esperamos que possa haver desenvolvimentos”, afirmou. 

O Diário Digital Castelo Branco sabe, de fonte segura, que depois de um ano e meio a aguardar a alteração do Plano de Pormenor na Quinta do Jardim, situada no seguimento do Centro de Saúde de São Miguel, antes de chegar à rotunda Europa, em Castelo Branco, o fundo MedCapital, Fundo de "Private Equity" para investir no setor privado de saúde em Portugal e elegível para o programa de Golden Visa, quis construir um hospital de raiz, mas a Câmara Municipal não teve capacidade de resposta. 

Tratava-se de um investimento na ordem dos 20 milhões de euros na Quinta do Jardim, ficando reservado para o efeito lote C 5 da alteração do Plano Pormenor da Quinta do Jardim, com 2.000 m2 de implantação e 8.500 m2 de construção, para instalar 20 a 30 camas de internamento, duas salas para cirurgia, imagiologia e laboratório. O promotor deste empreendimento, optou pela sua construção na Covilhã. 

Castelo Branco ficaria, eventualmente, com uma unidade de saúde para captar clientes para o hospital da Covilhã, à semelhança com o que acontece como hospital da Luz na Covilhã relativamente ao hospital da Luz de Coimbra.

No meio da indecisão ou mais preocupante intencionalmente o presidente da Câmara de Castelo Branco, ainda tentou vender ou prometeu vender um terreno da autarquia à MedCapital depois de ter duas reuniões com a MedCapital na Câmara.

O segundo hospital seria da responsabilidade da CUF mas estava pendente de uma revolução urbanística que permitisse a construção do hospital em poucos meses. Como até à data não foi possível que a Câmara de Castelo Branco desse uma data para a resolução que permitisse o licenciamento de um hospital, a CUF optou pela Covilhã. 

"Um rude golpe nas aspirações do concelho de Castelo Branco. Sem dúvidas, que estamos a assistir à queda de Castelo Branco como Capital do Distrito para a Covilhã", refere a fonte do Diário Digital Castelo Branco.

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