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Covid-19: Ordem dos Médicos do Centro alerta para grave descoordenação clínica nos hospitais

Com o recrudescimento de novos casos de Covid-19 em Portugal e face à crescente preocupação que tem sido manifestada à Ordem dos Médicos neste âmbito, a Secção Regional do Centro, após reunião com os diretores clínicos dos hospitais da região, alerta para a grave falta de coordenação na resposta à pandemia nesta época do ano.

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  • Publicado: 2020-10-21 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

“Estamos, neste momento, a acompanhar a situação em tempo real e o panorama é grave: falta sistematizar procedimentos, falta uma coordenação supra-hospitalar do Ministério da Saúde para organizar toda a capacidade de resposta e as melhores práticas na resposta à Covid-19. As unidades hospitalares estão a lutar sozinhas, sem rede, tal como o fizeram na primeira vaga”, diz o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, em comunicado de imprensa enviado ao Diário Digital Castelo Branco. 

Denuncia ainda que “O Ministério da Saúde teve a oportunidade para, ao longo de vários meses, se preparar. Porém, o que constatamos, é que reinou a passividade e o laxismo, já que é evidente que o trabalho ficou por fazer”.

Assim, tendo em conta o número crescente de infeções, a cada dia que passa, e no sentido de fazer a sistematização do saber técnico, científico e clínico, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos quis conhecer com detalhe quais as capacidades de resposta das instituições de saúde e dos seus recursos humanos em caso de agravamento e de necessidade de um maior nível de resposta emergente. Perante os casos relatados, a Secção Regional do Centro faz um apelo à Ministra da Saúde para preparar e organizar tudo aquilo que faltou fazer, tal como a construção de uma rede de colaboração entre os hospitais, a implementação de regras concisas e respetivos procedimentos de referenciação que não obstruam as urgências hospitalares. 

“Temos de estar preparados para todos os cenários, antecipando todas as dificuldades e respondendo a todos os desafios. Neste contexto tão exigente e complexo, o Ministério da Saúde desperdiçou tempo para preparar esta fase com um programa global de resposta. Falta um plano estratégico e o que verificamos é que os hospitais estão desprotegidos. Mais uma vez, a Ministra da Saúde claudicou nas principais exigências da sua função, pelo que urge corrigir as falhas. Os hospitais precisam de um plano estratégico bem definido, ainda estamos a tempo de implementar. O tempo para corrigir é agora”, conclui o texto a que o Diário Digital teve acesso. 

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