O líder do CDS-PP, Paulo Portas, explicou este domingo a posição do seu partido em relação às novas medidas de austeridade anunciadas por Pedro Passos Coelho na última sexta-feira, revelando que há uma «fronteira» que não pode ultrapassar, a denominada TSU dos pensionista, o chamado duplo factor de sustentabilidade das reformas. «O primeiro-ministro sabe, e creio ter compreendido, que esta é a fronteira que não posso deixar passar.»
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, explicou este domingo a posição do seu partido em relação às novas medidas de austeridade anunciadas por Pedro Passos Coelho na última sexta-feira, revelando que há uma «fronteira» que não pode ultrapassar, a denominada TSU dos pensionista, o chamado duplo factor de sustentabilidade das reformas. «O primeiro-ministro sabe, e creio ter compreendido, que esta é a fronteira que não posso deixar passar.»
Portas foi claro na sua comunicação e fez questão de salientar o que pediu e aprovou em relação as novas medidas anunciadas por Passos Coelho, como foram os casos do aumento do horário de trabalho da função pública para 40 horas e o aumento faseado das contribuições da ADSE, por exemplo.
«O meu parecer foi que o Governo pedisse à sociedade mais esforço, mas não reduzisse o rendimento de pensionistas», esclareceu. «A medida mais problemática é a TSU dos pensionista».
«Numa sociedade em que inúmeros avós têm de ajudar os filhos que estão no desemprego a alimentar os netos (...) esta é a fronteira que não posso deixar passar.»
Depois, Portas, que considerou o exercício para 2013 de «satisfatório», recordou que Portugal não é o único país da Europa com problemas, razão mais do que justificada para o Governo pedir uma reavaliação do défice de 4% exigido para 2014.
«Todos sabemos que Portugal ainda está sob protectorado. Ou seja, a nossa dívida e o nosso défice entregaram uma parcela da nossa soberania. O meu objectivo é que essa circunstância vexatória seja apenas transitória. Não vejo a vantagem de voltar a estender a mão como um pedinte, em prolongarmos a permanência desses senhores [da troika] entre nós», defendeu Portas, que acredita que um segundo resgate «seria pior para uma classe média cada vez menos média e para um país cada vez mais pobre».
Portas recordou ainda que o discurso do «Não pagamos!» teria uma consequência imediata: Portugal não teria financiamento externo para cumprir os seus compromissos internos.
«É importante que os portugueses percebam o que o CDS está a fazer no Governo e a nossa parcela na estabilidade. Seria injusto e uma jactância da minha parte colocar a questão como matérias apenas do CDS ou do PSD. A importância que damos às questões estão muito além das insígnias partidárias.»
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