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Caso Adraces: Joaquim Morão demite-se do Crédito Agrícola

Joaquim Morão fez remeter aos órgãos competentes do Banco Crédito Agrícola - Caixa Central, na passada semana, o pedido de demissão, na sequência da acusação que o envolve num caso de fraude na obtenção de subsídio ou subvenção na Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul (ADRACES).

  • Região
  • Publicado: 2024-06-12 10:04
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Segundo adianta o jornal Regiões, conseguiu agora apurar, junto de fonte ligada ao Crédito Agrícola, apesar de a demissão ter sido remetida no final da semana passada, Joaquim Morão vai manter-se como presidente de direcção demissionário até ao final deste mês de Junho.

O jornal já tinha noticiado, que a Caixa Central do Crédito Agrícola tinha em curso, há mais de um ano, um processo de averiguação de idoneidade de Joaquim Morão, desencadeado na sequência do caso que envolveu este histórico socialista, Fernando Medina, ex-presidente do Município de Lisboa, e o seu vereador Manuel Salgado. Em causa estaria a contratação polémica de Joaquim Morão, como assessor da Câmara Municipal de Lisboa, que haveria de levar a PJ a fazer buscas em instalações da autarquia, e em casa de alguns dos suspeitos. Do caso, resultou a constituição como arguido de Joaquim Morão, num caso que envolve suspeitas de um alegado esquema de corrupção. 

Segundo noticiado então pela imprensa, o Ministério Público acreditaria que o objetivo do esquema da contratação de Morão visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis.

Os alvos, por suspeitas de corrupção, foram então Joaquim Morão, histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco e de Idanha-a-Nova, e o seu amigo António Realinho, empresário da mesma zona do país, que até já cumpriu pena de prisão por burla.

E viria a ser com António Realinho, e ainda com os ex-vereadores socialistas João Carvalhinho,  Arnaldo Brás, e com o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que Joaquim Morão gizaria de novo um outro esquema, alegadamente, ilícito, para, desta vez, obter de forma indevida financiamento para duas associações das quais era presidente, a Adraces e a L’Atitudes, num escândalo que saltou para as principais páginas dos jornais no final da semana passada.

E terá sido em resultado deste novo caso, que se veio somar a todos os outros que envolvem Joaquim Morão em alegados esquemas fraudulentos, a que a imprensa tem dado amplo destaque, que terá estado na origem da decisão do processo de averiguação de idoneidade, que se arrastava desde o início de 2023.

Segundo o que se conseguiu apurar, terá sido encontrado uma solução de consenso entre a Caixa Central e Joaquim Morão, de forma a evitar a sua exoneração em resultado do processo de idoneidade.

De recordar que Joaquim Morão está à frente do Crédito Agrícola da Beira Baixa desde 2015, ano em que também foi nomeado como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Idanha-a-Nova, eleito representante da Beira Baixa na união das Misericórdias Portuguesas, eleito presidente do Conselho Fiscal do Montepio Geral e ainda eleito Presidente da Assembleia geral da APPACDM de Castelo Branco.   

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