A aldeia de Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, tem em desenvolvimento um projeto de revitalização que pretende envolver em formação 500 estudantes até ao final de 2025.
O EduVillage está a ser desenvolvido em Penha Garcia, no âmbito dos Projetos Piloto de Revitalização e Inovação Territorial de Pequenas Povoações e Aldeias Transfronteiriças e as suas linhas gerais foram apresentadas no II Fórum Aldeias de Portugal, que decorreu em Idanha-a-Nova.
Domingos Guimarães, o mentor do projeto, explicou que o EduVillage assenta em três pilares fundamentais: Educação e tecnologia, sustentabilidade e impacto social.
“O objetivo passa por fazer a revitalização económica de Penha Garcia, não através do turismo, mas de um conjunto de atividades que vão atrair regularmente pessoas para a aldeia [através da formação] e posteriormente tentar fixá-las”, sintetizou.
Em julho, a realização da primeira edição da Escola Internacional de Verão serviu de ponto de partida para este projeto que tem como objetivo trazer a Penha Garcia, até ao final de 2025, 500 estudantes em programas de formação desenvolvidos em estreita ligação com a comunidade local.
“O EduVillage a partir dos seus três pilares, quer também atrair instituições de ensino e pessoas para fazerem formação, com um objetivo de as tentar fixar, através da criação dos seus próprios projetos na aldeia”, sublinhou Domingos Guimarães.
Este responsável adiantou que cada pilar do projeto tem em foco a inovação e este está pensado sempre com “um envolvimento local muito forte”.
Aquilo que se pretende é disponibilizar “a melhor educação em ambiente imersivo e comunitário”.
Os primeiros passos estão a ser dados e a partir de dezembro, uma equipa do projeto vai instalar-se e viver em Penha Garcia.
O mentor do EduVillage salientou ainda que para o seu desenvolvimento vão ser necessárias infraestruturas para poder receber “grande quantidade” de alunos, espaços de aprendizagem, trabalho, casas, infraestruturas de comunicação e bons acessos.
O projeto tem ainda como ambição chegar a 2027, envolvendo mais de cinco mil alunos em programas de formação a decorrer na aldeia.
Na abertura do II Fórum Aldeias de Portugal, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, desafiou os presentes a terem “um olhar positivo para a ruralidade”.
O autarca defendeu que os serviços de ecossistema que estes territórios prestam “tem de ser remunerados” e salientou que este “é o grande desafio da economia” que deve financiar esse serviço.
Já a presidente da Associação de Turismo de Aldeia (ATA), Teresa Pouzada, considerou que este fórum serve de ponto para a estratégia das Aldeias de Portugal 2030.
“Hoje o desafio é pensar nas aldeias 2030, isto é pensar no futuro das nossas aldeias e nos seus eixos estratégicos”, frisou.
Atualmente 132 aldeias, de norte a sul do país, estão classificadas.
Aldeias de Portugal é um projeto de dinamização turística e rural, organizado pela ATA, que opera em coordenação com associações de Desenvolvimento Local (ADL) e outros agentes de representatividade local, no sentido de promover o desenvolvimento e a promoção dos territórios rurais, a promoção e valorização das aldeias, a promoção e divulgação dos recursos endógenos locais e regionais.
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