Covilhã promove feira para estimular diálogo entre o artesanato e o design

A Câmara Municipal da Covilhã promove, entre 31 de Agosto e 03 de Setembro, a segunda edição da Fiada – Feira Internacional de Artesanato, Design e Outras Artes, para estimular a articulação entre o artesanato e o design e potenciar a inovação.

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  • Publicado: 2023-08-07 23:11
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Segundo a vereadora com o pelouro da Cultura, Regina Gouveia, “esse diálogo” e a “reinterpretação do artesanato” podem “ampliar o seu mercado”.

“O artesanato, nos moldes mais tradicionais, não chega a alguns segmentos das comunidades e, através da sua atualização, pode conseguir interessar a outros mercados. Pode haver uma relação mais efetiva entre o saber tradicional e o criar em conceitos de modernidade”, salientou hoje a autarca, durante a apresentação da Fiada.

Segundo Regina Gouveia, o objetivo da Fiada é destacar o artesanato, o design, as artes têxteis, para “desenvolver caminhos de inovação que tenham que ver com a reinterpretação, com a atualização do artesanato” e, através de bons exemplos, estimular os artesãos locais e a produção na região aliada a conceitos de inovação.

A Fiada acolhe, no Jardim das Artes, a Feira Nacional de Artesanato, com a presença de 40 artesãos certificados, 20 deles da região Centro do país, entre um total de 90 candidaturas.

A vereadora acentuou os passos dados na “afirmação da dimensão internacional” do evento, com a presença de duas cidades brasileiras que, à semelhança da Covilhã, têm o selo de Cidade Criativa da UNESCO na área do design, Brasília e Fortaleza, assim como o acolhimento do Peninsulares – Encontros Ibéricos de Arte Têxtil Contemporânea.

De acordo com Regina Gouveia, “a dimensão internacional é um passo muito importante na feira” e é nestes moldes que se perspetivas as edições seguintes.

“Nesta segunda edição, a dimensão internacional vai estar assumida de forma muito mais evidente, porque teremos duas cidades criativas da UNESCO do Brasil: Brasília e Fortaleza, que nos vão dar a honra de trazer o design e o design também associado ao artesanato”, realçou a autarca.

Regina Gouveia destacou a “componente formativa ampla” da Fiada, por exemplo com várias oficinas agendadas para artesãos, para o público em geral e outras direcionadas para crianças, com o intuito de “as despertar para a estética” e para as pontes entre a produção artesanal e o design.

A vereadora explicou ter sido necessário alargar o espaço da Fiada do Jardim das Artes à Biblioteca Municipal, para onde estão previstas oficinas, tertúlias, exposições e instalações.

Cláudia Pascoal, em 01 de setembro, e Sara Correia, no dia seguinte, são dois dos nomes cartaz musical, escolhidos, segundo Regina Gouveia, por serem artistas que também aliam a tradição à modernidade.

Os Musicalbi e João Gonçalves completam o cartaz.

Uma das novidades a nível musical é a criação do Palco Tradições, por onde vão passar Noa Noa, as Adufeiras de Idanha-a-Nova, Tremissis Ensemble e Casa Comum, uma programação da responsabilidade Cidade Criativa da UNESCO na área da música, Idanha-a-Nova, uma das convidadas para o evento.

A atribuição de um prémio pecuniário de 500 euros para a melhor peça de artesanato, que alie a inovação a traços identitários da Covilhã, é outra das novidades.

O prémio é atribuído pela Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor para distinguir “o pensar diferente”, o “conseguir materializar numa obra de arte o que é a essência da Covilhã” e para “motivar outros a fazer diferente”, salientou o presidente do organismo, João Marques.

A Fiada tem um orçamento de 50 mil euros, comparticipada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional com uma verba próxima dos 17 mil euros.

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