Seca: SMAS de Castelo Branco lançam campanha no Dia Mundial da Água

"Cada Gota, Conta", é o título da campanha que os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) de Castelo Branco apresentou, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, para assinalar o 'Dia Mundial da Água' que se celebrou esta 4ª-feira, dia 22 de Março.

  • Região
  • Publicado: 2023-03-22 22:44
  • Por: José Manuel R Alves

Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, traçou como objetivo desta promoção a sensibilização da população, nomeadamente os mais jovens, na poupança da água, "bem precioso que não podemos desperdiçar, sendo necessário preparar o futuro da comunidade nesta área".

Por sua vez, Sónia Mexia, administradora/delegada dos SMAS, realçou a importância da água na vida das populações, lançando um concurso a nível das escolas do concelho de Castelo Branco, em que os alunos são convidados a escrever frases alusivas ao meio ambiente e à importância da água na vida diária.

De referir que, a nível nacional, ao se assinalar o 'Dia Mundial da Água', Ana Luís, vogal executiva da AdP VALOR, do grupo Águas de Portugal, sublinhou que a precipitação, em Portugal, já diminuiu 20% e vai diminuir muito mais, o que obriga a uma gestão cada vez mais rigorosa, reforçando o armazenamento e apostando no tratamento de águas residuais para reutilização.

Com as alterações climáticas a reduzirem a precipitação em Portugal, a água é um bem cada vez mais escasso, alerta. “O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas indica que a região da bacia do mediterrâneo é das regiões do globo mais afetadas pelas as alterações climáticas. E isso já se sente em Portugal. A precipitação diminuiu 20% e tem-se sentido uma maior frequência de secas. Mas, o país, tem uma distribuição assimétrica dos efeitos: a norte da bacia do Tejo, os cenários apontam para um redução de precipitação média anual entre 5 e 20%. a própria bacia do Tejo será de 10 a 40%. A sul, entre 20 e 50%. Isto significa que, no final do século, um ano médio será equivalente ao que hoje se chama ano de seca.”

Resta-nos olhar para outras fontes de água, com o tratamento de águas residuais para reutilização à cabeça, o que, aliás, já começou a ser feito, anunciou Ana Luís.  “As necessidades do abastecimento urbano serão sempre garantidas. Mas impõe-se já uma nova visão de gestão integrada dos recursos hídricos. Temos de perceber se as origens atuais são suficientes. Se não, temos de as reforçar, nomeadamente reforçando o armazenamento. E podemos recorrer a fontes não convencionais, como a água residual tratada para reutilização ou a dessalinização”, alerta a responsável pela AdP VALOR.

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