O presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) afirmou hoje que, após as eleições legislativas, vai pedir uma reunião com o Governo para perceber a sua visão acerca da reestruturação organizacional definida pela instituição.
O Conselho Geral (CG) do IPCB aprovou, na quarta-feira, com 20 votos a favor e três abstenções (dois dos 25 conselheiros não estiveram presentes na reunião, mas justificaram a ausência) uma proposta apresentada pelo seu presidente, José Augusto Alves.
No documento, o presidente do CG do IPCB refere que “após a constituição do novo Governo” vai solicitar “uma reunião ao senhor ministro da tutela no sentido de se perceber concretamente a sua visão acerca da reestruturação organizacional definida pelo IPCB no âmbito da sua autonomia”.
Esta decisão foi anunciada hoje, durante uma conferência de imprensa para apreciação do despacho do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no que concerne aos Estatutos do IPCB, onde esteve presente José Augusto Alves e o presidente do IPCB, António Fernandes.
Na terça-feira, oito ex-presidentes e vice-presidentes do IPCB apelaram aos elementos do Conselho Geral para colocarem o seu lugar à disposição, no sentido de se permitir um novo ciclo na vida da instituição.
Numa carta dirigida a José Augusto Alves, os oito signatários “apelam aos elementos dos órgãos de governo da instituição e, designadamente, ao seu Conselho Geral que, no melhor interesse da mesma, se coloquem à disposição, com todas as consequências que daí advenham, no sentido de se permitir o início de um novo ciclo na vida da instituição”.
Este apelo aos elementos dos órgãos de governo da instituição e, designadamente, ao seu Conselho Geral, surgiu após o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ter recusado, pela segunda vez, a alteração dos estatutos do IPCB.
José Augusto Alves deixou bem claro que “os estatutos da instituição foram aprovados pelo CG. O ministro só tem que explicar o que é que pretende para eu depois informar o CG”.
Já em relação à carta que os oito ex-presidentes e vice-presidentes do IPCB lhe dirigiram, o presidente do CG esclareceu que nunca foi contactado formalmente por nenhum dos oito signatários.
“Recebi uma carta assinada pelos ex-presidentes e vice-presidentes que foi divulgada em todo o espaço. Estava dirigida ao presidente do CG. Achei estranho. Formalmente nunca fui contactado por nenhum desses elementos”, concluiu.
Já o presidente do IPCB que esteve na conferência de imprensa a pedido de José Augusto Alves fez uma espécie de linha do tempo de todo o processo desde 2018 até à atualidade.
António Fernandes disse mesmo que “o despacho do ministro é contraditório e difícil de compreender”.
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