Sertã: “Maratona de Leitura registou enorme sucesso” - José Farinha Nunes

A oitava edição da Maratona de Leitura foi “um enorme sucesso, tanto ao nível da adesão de público como da qualidade e quantidade das iniciativas realizadas”, sublinhou em comunicado José Farinha Nunes, presidente da Câmara Municipal da Sertã, entidade promotora do evento, com coordenação a cargo da Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes.

  • Cultura
  • Publicado: 2019-07-10 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A oitava edição da Maratona de Leitura foi “um enorme sucesso, tanto ao nível da adesão de público como da qualidade e quantidade das iniciativas realizadas”, sublinhou em comunicado José Farinha Nunes, presidente da Câmara Municipal da Sertã, entidade promotora do evento, com coordenação a cargo da Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes.

José Farinha Nunes mostrou-se “muito satisfeito com os resultados alcançados” e disse que “a Maratona de Leitura superou todas as expectativas, confirmando-se como um dos maiores eventos culturais do interior do país”.

Para o presidente da Câmara Municipal da Sertã, vários fatores concorreram para este sucesso, designadamente a qualidade do programa, o aumento do número de dias, o tema em destaque (literatura africana de língua portuguesa) e a presença de vários convidados.

O autarca destacou ainda “o enorme profissionalismo e dedicação da equipa que organizou a Maratona de Leitura”, garantindo que “agora temos a responsabilidade de não baixar o patamar de qualidade atingido”.

O arranque da Maratona de Leitura aconteceu no dia 4 de julho, com diversas atividades, designadamente com um encontro com os escritores Dulce Maria Cardoso, Fernando Dacosta e Mário Beja-Santos que, perante uma enorme plateia no impressionante cenário do antigo hotel da foz da Sertã, abordaram as memórias da diáspora. Já antes disso, Maurício Leite conduzira uma oficina criativa; Fernando Alvim fizera o programa «Prova Oral» (Antena 3), em direto da Sertã, e Miguel-Manso dera o ‘tiro de partida’ para as 24 horas a Bater à Máquina, no Atelier Túllio Victorino, em Cernache do Bonjardim.

No dia 5 de julho, a manhã foi preenchida pela oficina de escrita, dirigida pela escritora Filipa Martins, e pelo showcooking de gastronomia africana, que decorreu no Mercado Municipal da Sertã, sob as ordens do chef Viriato Pã.

Já durante a tarde do mesmo dia, Ondajaki e Mafalda Milhões coordenaram uma “oficina de criatividade e emoções”, e Pedro Lamares conduziu uma “oficina de palavras”. Seguiu-se o passeio literário de barco, no rio Zêzere, com os escritores Abdulai Silá e Lopito Feijóo, um encontro de bibliotecas itinerantes, a inauguração da exposição de fotografia «Biblioandante» e o lançamento do livro «Andar para Dentro», da autoria de Miguel-Manso e Vitorino Coragem.

A noite do dia 5 de julho prometia e cumpriu: os escritores Germano Almeida e Ondjaki encetaram uma conversa sobre literatura, diante de uma escadaria do Convento de Santo António praticamente repleta. Depois, uma Casa da Cultura quase cheia assistiu ao espetáculo “À Volta da Língua”, seguindo-se a segunda parte do espetáculo musical «Euráfrica Eurásia» (a primeira parte acontecera no dia anterior junto ao Hotel da Foz da Sertã), a cargo de Miguel Calhaz e Quiné Teles.     

Um dos momentos mais aguardados do programa ocorreu à meia-noite do dia 6 de julho, com o início das 24 Horas a ler em voz alta, com as primeiras leituras a cargo do presidente da Câmara Municipal da Sertã, José Farinha Nunes, do Subdiretor-Geral da DGLAB, Luís Santos, e da Comissária do Plano Nacional de Leitura, Teresa Calçada.

Na madrugada do dia 6 de julho, o muito público presente pôde ainda participar num passeio noturno pela vila da Sertã (onde se contaram histórias sobre os medos da população do concelho) e num passeio pedestre, com a presença do escritor Gonçalo Cadilhe, que percorreu parte do percurso PR2 – Trilhos do Zêzere, em Pedrógão Pequeno.

O arranque das Festas na Aldeia animou a manhã do dia 6 de julho, com diversas bibliotecas itinerantes e contadores de histórias a visitarem 17 aldeias do concelho para sessões, onde a animação foi a palavra de ordem. Ainda durante a manhã, o ANIME ministrou uma oficina dirigida a crianças; a companhia Elvira & Cª levou à cena a peça de teatro «Colo»; os contadores de histórias Ana Cristina Pereira e Filipe Lopes protagonizaram uma sessão especial no Lar e Centro de Dia do Marmeleiro e a escritora Joana M. Lopes apresentou o seu novo livro «Cabeça de Andorinha».

A tarde do dia 6 de julho começou com o lançamento do livro «Língua-Mãe», no Monte de Nossa Senhora da Confiança (Pedrógão Pequeno), seguindo-se um workshop de dança tradicional africana (ministrado pela Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal) e o encontro com os escritores Olinda Beja e Mbate Pedro, no bucólico enquadramento do lugar de Gonçalo Mógão. Este encontro terminou com um piquenique africano confecionado pelo chef Viriato Pã.

Os escritores Olinda Beja e Goretti Pina foram depois os convidados de um passeio literário de barco e o pianista Marco Figueiredo desafiou todas as convenções no espetáculo «Romance ao Contrário», onde nove voluntários improvisaram histórias a partir de fotografias do livro «Sertã a Preto e Branco».

Ao início da noite, o escritor Germano Almeida falou da sua obra «O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo» no Cine-Teatro Tasso, sendo depois exibido o filme que o realizador Francisco Manso fez a partir deste livro.

O Castelo da Sertã assistiu ao epílogo da Maratona de Leitura, com dois grandes espetáculos: «O Telhado do Mundo», com a participação de António J. Gonçalves, Filipe Raposo e Ondjaki, e «Para atravessar contigo o deserto do mundo», de Pedro Lamares e Lúcia Moniz. 

Na cerimónia de encerramento, Ana Sofia Marçal, responsável pela Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, explicou que “a Maratona da Leitura é para toda a gente, até para quem ainda não gosta de ler! É todo um mundo que se abre e descobre a partir do concelho da Sertã”.

Lembrando as 57 atividades e os 42 convidados presentes, Ana Sofia Marçal frisou que, este ano, “foi possível transformar a Maratona de Leitura num verdadeiro festival literário que decorreu durante três dias”.

 

PUB

PUB

PUB

PUB