


A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Fundão (AHBVF) vai avançar com a construção de um novo quartel, um investimento base de 4,2 milhões de euros, confirmou o presidente da direção Carlos Jerónimo.
Em declarações à agência Lusa, o responsável explica que esta é uma necessidade há muito identificada, porque “as instalações atuais estão desajustadas às exigências operacionais e de segurança”.
“O atual edifício tem limitações estruturais e funcionais, que condicionam a eficácia da resposta ao socorro”, sublinha.
Para uma corporação que tem um parque automóvel constituído por cerca de 70 viaturas, o atual quartel, construído em 1979 e requalificado em 1992, também tem “insuficiência de estacionamento”, tal como falta espaço para “guardar equipamentos, para dar formação e instruções e melhores condições de alojamento”.
Carlos Jerónimo sublinha que as exigências da população mudaram e também os bombeiros se foram adaptando aos novos tempos. “Crescemos muito. A associação tem hoje 55 funcionários e 150 bombeiros e temos quatro equipas de primeira intervenção (EPI), formadas por 20 profissionais”, refere.
Os bombeiros “não respondem só às ocorrências de incêndio, até porque a fase mais crítica dura apenas uns meses, mas os bombeiros trabalham todo o ano, também na resposta a acidentes, à emergência pré-hospitalar ou ao transporte de doentes não urgentes, que só no último ano se traduziu em 1,5 milhões de quilómetros feitos pelas 30 ambulâncias da corporação”, acrescenta.
A falta de condições adequadas traduz-se “num impacto negativo nas condições de trabalho e no bem-estar dos bombeiros”. Com melhores condições físicas, será possível “melhorar os tempos de resposta e eficiência operacional”, bem como “reforçar a segurança das populações e da capacidade de proteção civil”.
Conseguir todo o investimento necessário, é agora o foco da AHBVF, que já garantiu cerca de 40% do valor necessário. “Através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), a Câmara do Fundão (distrito de Castelo Branco) decidiu cativar uma verba de um milhão e 30 mil euros do valor correspondente ao valor disponível para o município, no âmbito da candidatura feita pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela”, refere Carlos Jerónimo.
“A associação tem um terreno na quinta do Caranguejo, onde vai ser construído o novo quartel, mas onde também está a fazer um loteamento, com nove prédios e isso será mais uma fonte de financiamento. Contudo, até o loteamento ser feito e vendido, numa primeira fase, iremos fazer um empréstimo bancário”, revela o presidente da direção.
A instituição dispõe ainda do atual quartel e de um lote na zona industrial do Fundão que, em caso de necessidade, poderá também alienar. Certo é que “a obra do novo quartel vai mesmo avançar”.
O concurso público já foi publicado no Diário da República e tem um prazo de execução de 540 dias.
O final previsto para a obra não coincidirá com o centenário da AHBVF, que se assinala em maio de 2027, mas “vamos fazer de tudo para que o novo quartel possa ser inaugurado durante o ano do centenário, ou seja, até maio de 2028”, conclui o comandante dos bombeiros do Fundão.
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