Plataforma contra megas centrais solares quer a Beira Baixa a manifestar-se em Lisboa

A Plataforma de Defesa do Parque Natural do Tejo Internacional (PDPNTI) quer levar a Beira Baixa, no início do ano, à capital, intensificando assim o protesto contra a instalação de mega centrais solares na região.

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  • Publicado: 2025-12-15 23:07
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Samuel Infante, um dos promotores da plataforma, explicou à Lusa que o objetivo é massificar as vozes que estão contra o “manto negro” que está a cobrir a Beira Baixa.

“Queremos levar as autarquias, as associações culturais e outras, levar até algumas ovelhas, os agricultores, para mostrar a Lisboa que aqui há vida, há economia, cultura, há projetos e uma diversidade de atividades que dão vida ao território e não podem ser postas em causa em nome de um modelo de energia que não é verde”, insiste.

A PDPNTI está alinhada com outros movimentos cívicos e organizações ambientalistas que se têm manifestado contra projetos de centrais fotovoltaicas, sobretudo o projeto Sophia, pela dimensão, pois prevê a instalação de 1,36 milhões de painéis solares fotovoltaicos. Mas a este somam-se o Beira e mais um conjunto de projetos menores, mas que no seu conjunto terão “graves impactos ambientais, sociais e económicos”.

Depois de uma manifestação no sábado, e na qual participaram cerca de 300 pessoas, Samuel Infante explicou que hoje “a delegação era menor, com cerca de 30 pessoas, mas em janeiro queremos ser três mil ou 30 mil. Queremos ter uma representação massiva da Beira Baixa na capital a dizer claramente que não concorda com estes projetos da forma como estão a ser conduzidos”.

No sábado, “conseguimos apenas um autocarro e muitas pessoas deslocaram-se de comboio, mas ainda assim fomos muito bem acolhidos em Lisboa. E na marcha entre Santa Apolónia e o Parlamento, as pessoas foram-nos interpelando, manifestando-se solidárias com a nossa causa, apoiando e dando-nos força para continuar”.

Foi também essa a mensagem que tentaram deixar em algumas entidades, mas na primeira paragem, a sede da Lightsource BP, “a porta nem se abriu”.

Já na representação da União Europeia em Portugal, “não fomos recebidos hoje, mas informaram que vão responder à nossa solicitação para marcarmos, em breve, uma reunião sobre este tema”.

No Ministério do Ambiente, “apenas marcamos presença, para vincar a nossa posição enquanto aguardamos uma resposta da Agência Portuguesa do Ambiente à participação na consulta pública”.

O périplo desta segunda-feira voltou a terminar à porta do Parlamento, onde em janeiro esperam levar uma representação massiva da Beira Baixa, com a garantia que “o assunto não ficará esquecido, nem os beirões baixarão os braços a esta luta”.

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