Deseucaliptar, descarbonizar e democratizar são algumas das lutas que o candidato da coligação Esquerda Livre à Câmara Municipal de Castelo Branco, Mário Camões, que se compromete a travar perante os albicastrenses.
“Este é o mote para a mobilização popular nacional convocada pela Rede Emergência Florestal/Floresta do Futuro para o dia de hoje, em defesa das florestas, dos solos, da água e ar respirável - pelo futuro da humanidade. Assim, aqui em Castelo Branco, nesta data, juntamos as nossas vozes a esta mobilização global para dizer que estamos juntos e queremos fazer a nossa parte, a começar no nosso município”, disse.
Mário Camões falava na Praça 25 de Abril, em Castelo Branco, no sábado passado, 20 de Setembro, durante a apresentação oficial da coligação Esquerda Livre, uma plataforma política maioritariamente formada por independentes e apoiada por coligação dos partidos Livre e Bloco de Esquerda (BE).
“Deseucaliptar, descarbonizar, democratizar. Estas são apenas algumas das lutas para as quais a Esquerda Livre se apresenta hoje perante os albicastrenses. Não é, contudo, só a natureza que está sob ataque. A própria sociedade humana está doente e a comunidade albicastrense não é exceção”, declarou o candidato.
Segundo Mário Camões, estamos mais ansiosos, isolados e desencantados que nunca, apesar de vivermos num mundo que nunca testemunhou tamanha abundância e conectividade na sua história.
“Tanta casa vazia e tanta gente sem casa. Para nós, é no acesso à habitação que começa a dignidade humana e, por isso, comprometemo-nos a pôr a habitação pública municipal no centro da nossa agenda e combater a especulação imobiliária, mais focada em lucrar com o investimento estrangeiro, que em cumprir um direito fundamental dos albicastrenses a uma casa própria para viver”, defendeu.
O candidato sublinhou ainda que “a competição é a lei da selva”, mas “a cooperação é a lei da civilização”, como disse “alguém mais inteligente que eu há muito tempo”.
“Nesta candidatura concordamos e é com essa visão que nos comprometemos a desenvolver uma economia cooperativa, na qual possamos trabalhar em conjunto, para enriquecer a nossa comunidade, sem esperar por alguém que diga que nos vem salvar”, frisou.
Segundo Mário Camões, a Esquerda Livre apresenta-se, não com um programa eleitoral, mas com um projeto político libertário virado para o futuro.
Esse projeto é “agregador de vontades progressistas que não se conformam com o definhar da nossa terra e que não têm vergonha de sonhar com um mundo melhor, a começar em Castelo Branco”, sustentou.
Para o candidato da Esquerda Livre, utopia é achar que se reverte “esta policrise ecológica, habitacional, de despovoamento e desesperança, com medidas a meio-gás”.
“Estamos aqui, unidos pela mudança para agitar Castelo Branco, e hoje estamos só a começar”, declarou.
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS obteve três mandatos, os mesmos que o movimento Sempre, liderado pelo ex-presidente do município, Luís Correia, e o PSD elegeu um vereador, João Belém, a quem o partido retirou a confiança política.
Além da coligação Esquerda Livre, também concorre à Câmara de Castelo Branco o atual presidente, Leopoldo Rodrigues, que cumpre o primeiro mandato e se recandidata pelo PS.
O Sempre – Movimento Independente, que integra agora a coligação Sempre Por Todos e resulta de um acordo de entendimento autárquico com o PSD e o CDS/PP anunciado em janeiro, apresenta José Augusto Alves como candidato.
O Chega tem como cabeça de lista o deputado João Ribeiro, a CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, escolheu para cabeça de lista Carlos Canhoto e José Henriques é a escolha da Iniciativa Liberal (IL).
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
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