Castelo Branco: Associação Outrem alia gastronomia ao teatro

No âmbito da execução do seu plano de atividades a Outrem - Associação de Defesa do Ambiente e Património, promove no dia 12 de Julho, as «Mil e uma noites».

  • Cultura
  • Publicado: 2025-06-23 07:46
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

O evento é realizado no Castelo de Castelo Branco, com o seguinte programa:

16h00: Abertura com taverna;

16h30: Showcookink, com Chef Cristiano Louro: «Doce de origem árabe» (participação livre);

19h30: Ceia Árabe com animação alusiva à época. 

A ceia implica inscrição obrigatória, até 5 de julho em  https://forms.gle/fMfv5FV4xGJvzwAs9, e terá como ementa: Sopa | Sopa de lentilhas com alho-porro; Prato Principal | Tajine de frango com damasco e amêndoas e cuscuz com passas; Sobremesa | Basbousa (doce de sêmola); Bebidas | Água aromatizada e infusão de hibisco/rosas.

22h30: Espetáculo «A lenda da Moura Salúquia» (entrada livre)

Termo: 23h59

O evento para além do convívio pretende transportar os/as participantes aos sons, cheiros, paladares e costumes árabes, dando destaque à presença da sua cultura na região.

A iniciativa tem o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco, Junta de Freguesia de Castelo Branco e a Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém – OPCTJ.

A lenda é de Moura e conta que:

Era uma vez princesa e governadora da cidade (então chamada Al-Manijah), de nome Salúquia, filha de Abu-Hassan, se apaixonou pelo alcaide de Aroche, Bráfama.

Na véspera do matrimónio, Bráfama dirigiu-se então com uma comitiva para Moura, a dez léguas de distância.

Mas todo o território alem do Tejo a norte e oeste tinha já sido conquistado pelos cristãos, e a jornada revelava-se perigosa.

Entretanto, D. Afonso Henriques encarregara dois fidalgos, os irmãos Álvaro Rodrigues e Pedro Rodrigues, de conquistar a cidade de Moura.

Estando ao corrente dos preparativos matrimoniais que aí se desenrolavam, emboscaram-se num olival perto dos limites da povoação. Surpreendidos pela ação dos cavaleiros cristãos, a comitiva de Aroche foi facilmente vencida, e Bráfama foi morto. 

Então, disfarçando-se com as vestes dos representantes muçulmanos, os fidalgos cristãos dirigiram-se para a cidade.

Do alto da torre do castelo, onde aguardava a chegada do seu noivo, e vendo aproximar-se um grupo de cavaleiros aparentemente islâmicos, Salúquia julgou que se tratava da comitiva de Aroche, ao que ordenou que lhes franqueassem as portas da fortificação.

Mas mal transpuseram a muralha, os cristãos lançaram-se sobre os defensores da cidade, tomados de surpresa, e conquistaram o castelo.

Salúquia apercebeu-se então do erro que tinha cometido e, ferida pela certeza da morte de Bráfama, tomou as chaves da cidade e precipitou-se da torre onde se encontrava.

Comovidos pela história de amor que os sobreviventes islâmicos lhes contaram, os irmãos Rodrigues teriam renomeado a cidade para Terra da Moura Salúquia. O tempo encarregar-se-ia de transformar esta designação para Terra da Moura, até que evoluiu para a atual forma de Moura.

A uma torre de taipa do Castelo de Moura ainda hoje se chama a Torre de Salúquia, e a um olival nas proximidades de Moura, aquele onde supostamente teriam sido emboscados Bráfama e a sua comitiva, o povo chama Bráfama de Aroche.

Nas armas da cidade figura, deitada no chão, uma moura morta, com uma torre em segundo plano, numa alusão à Lenda da Moura.

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