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Vila Velha de Rodão tem o privilégio de ter obra de Cargaleiro que festeja o 25 de Abril

O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro doou à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, concelho de onde é natural, uma tela alusiva aos 50 anos do 25 de Abril.

  • Cultura
  • Publicado: 2024-04-02 23:32
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

“Festa da Gratidão” foi o título escolhido pelo autor e pelo autarca de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, para a pintura que evoca os sentimentos que a Revolução dos Cravos desperta no pintor, como o Diário Digital Castelo Branco adiantado https://www.diariodigitalcastelobranco.pt/noticia/65313/cargaleiro-oferece-cfesta-da-gratidyoc-a-vila-velha-de-rodyo

Em comunicado, a Câmara de Vila Velha de Ródão refere que o desafio para pintar a tela, onde a alegria do vermelho dos cravos contrasta com a esperança do verde que os enquadra, foi lançado ao autor pelo presidente da autarquia, Luís Pereira, com o objetivo de celebrar o cinquentenário da revolução que devolveu a liberdade a Portugal.

Manuel Cargaleiro explicou o duplo significado que tem, para ele, o título da obra.

“Festa porque, para mim, o 25 de Abril tem de ser celebrado como uma festa e gratidão, porque temos que estar gratos ao que os militares fizeram por nós”, sublinhou o pintor e ceramista, recordando a repressão e os tempos da censura e a “profunda alegria” com que, em 1974, em Paris, onde então vivia, recebeu a notícia da “libertação” do país graças ao 25 de Abril.

Gratidão é também o sentimento que domina Luís Pereira quando se refere ao mestre Cargaleiro, a quem elogia “a humildade, a simplicidade e a generosidade para com a sua terra natal”.

Segundo o autarca, o quadro vai ficar no Salão Nobre da Câmara Municipal e é uma obra emblemática para Vila Velha de Ródão.

“Temos o privilégio de ter uma obra do mestre Cargaleiro, que festeja o 25 de Abril e homenageia todos os que tornaram possível a instalação da liberdade e da democracia em Portugal”.

Natural da aldeia de Chão das Servas, no concelho de Vila Velha de Ródão, onde nasceu em 1927, foi ainda bebé que Manuel Cargaleiro foi viver para Almada, onde ainda hoje mantém o seu ateliê, na antiga quinta que era dos seus pais.

Apesar disso, a ligação à terra natal nunca se perdeu: “íamos sempre duas ou três vezes por ano à aldeia, para estar com a família que lá vivia”.

O artista e ceramista português criou a Fundação Manuel Cargaleiro, em 1990, com fins de natureza cultural, artística e pedagógica, tendo por principal objetivo a criação, organização e administração do Museu Cargaleiro, como forma de estudar, investigar, conservar, divulgar e dinamizar o acervo artístico da Coleção da Fundação Manuel Cargaleiro.

À data da sua instituição, a Fundação Manuel Cargaleiro estava sediada em Lisboa, tendo o arquiteto Álvaro Siza Vieira realizado o estudo, entre 1991 e 1995, para o projeto arquitetónico da sede da Fundação Cargaleiro na Praça de Espanha em Lisboa, que não se concretizou.

Atualmente, e através de parceria com a Câmara de Castelo Branco, a Fundação Manuel Cargaleiro encontra-se sediada em plena zona histórica da cidade de Castelo Branco.

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