O programa do concerto centra-se no percurso do violino solista no repertório
português do século XVIII, através da reconstituição de um conjunto de obras com marcada influência polifónica, em que o cunho italiano era predominante no
gosto musical, através da interpretação de coletâneas manuscritas de um conjunto de personalidades ligadas à nossa história musical, como José de Torres, Carlos Seixas, Pedro Lopes Nogueira, Francisco Xavier Baptista e ainda Giuseppe Tartini e Domenico Scarlatti.
Em “Sonatas e Folias de Portugal” o violino surge acompanhado pelo baixo contínuo, núcleo fundamental da prática musical barroca (justificando assim a opção pelo violoncelo e pelo cravo ou pelo órgão), como instrumento de realização da harmonia improvisada prevista pelos compositores, e que também eram os instrumentos utilizados em Portugal na época, na generalidade da prática musical doméstica e conventual.