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4° FIP "arranca" em Castelo Branco

Depois de em 2018 ter passado por Aveiro, em 2019 por Évora e em 2021 pelo Porto, o Festival Itinerante de Percussão (FIP) chega esta 4ª-feira, 27 de Dezembro, a Castelo Branco, dividindo-se entre o Cine-Teatro Avenida e o Centro de Cultura Contemporânea. 

  • Cultura
  • Publicado: 2023-12-26 11:41
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Com direcção de Mário Teixeira e Diana Ferreira, esta iniciativa da Arte no Tempo volta a reunir percussionistas de todo o país num trabalho conjunto de que nascerá a estreia de três septetos encomendados a compositores portugueses. 

O Festival tem o apoio da Direcção Geral das Artes e do Município de Castelo Branco. A 4ª edição do FIP, replica o habitual formato, propondo 3 recitais de solistas (27, 28 e 29 de Dezembro, às 21h30, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco), nos quais 7 percussionistas profissionais, em representação das 7 instituições de ensino superior em que leccionam, dividirão o palco entre si, interpretando obras da sua preferência, antes do concerto de música de câmara que encerra o festival (30 de Dezembro, às 20h00, no Cine-Teatro Avenida), em que jovens percussionistas oriundos das mesmas 7 escolas estreiam 3 septetos compostos por encomenda da Arte no Tempo, para a ocasião. 

Nuno Aroso (Universidade de Aveiro), João Dias (Universidade do Minho) e Vasco Ramalho (Universidade de Évora) dividem o palco na primeira noite, interpretando maioritariamente música de compositores portugueses. Além da estreia absoluta de Sur Récit [2023], de Ricardo Ribeiro (1971), que junta N. Aroso e J. Dias em torno de duas caixas amplificadas, serão interpretadas obras de Luís Antunes Pena (1973), Pedro Junqueira Maia (1971) e do próprio Vasco Ramalho (1982), entre outros.

Na noite de quinta-feira, 28 de Dezembro, estrelam Miquel Bernat (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo - Instituto Politécnico do Porto) e Pedro Carneiro (Escola Superior de Música de Lisboa – Instituto Politécnico de Lisboa) – este último ainda a recuperar de uma cirurgia a uma das mãos conta com a colaboração de Marco Fernandes, João Dias e do próprio Bernat para a sua apresentação. Seguindo a tradição de estrear no FIP música de compositores espanhóis, Miquel Bernat traz-nos a estreia absoluta de duas obras: Enjambre Infinito [2020], de Cesar Camarero (1962), e Imágenes del Mundo Flotante [2023], de Carlos D. Perales. Pedro Carneiro optou por outros clássicos: a fabulosa Stèle [1995], de Gérard Grisey (1946-1998), em que conta com a colaboração de Marco Fernandes, Dream [1948], de John Cage (1912-1992), com João Dias, e a encerrar a noite, Marimba Phase [1967/1973], de Steve Reich (1936), com Miquel Bernat. 

A terceira noite, com Marco Fernandes (Academia Nacional Superior de Orquestra) e André Dias (Escola Superior de Artes Aplicadas – Instituto Politécnico de Castelo Branco) é preenchida exclusivamente com música de compositores portugueses. Com a colaboração de dois alunos, Marco Fernandes e André Dias interpretam obras de António Pinho Vargas (1951), Luís Tinoco (1969), Anne Victorino d’Almeida (1978), José Alberto Gomes (1983), Daniel Bernardes (1986) e Daniel Davis (1990).

A 30 de Dezembro dá-se o culminar do trabalho conjunto orientado por João Dias, Nuno Aroso e Marco Fernandes, com a estreia absoluta das obras Geometrias [2023], de Ângela Lopes (1972), Things are lazy but want to be free [2023], de Luís Salgueiro (1993), e Configurations du poète [2022], de Isabel Soveral (1961), elevando para 12 o número de peças criadas por compositores portugueses para septeto de percussão, por iniciativa do FIP (somando-se a obras de João Pedro Oliveira, Ricardo Ribeiro, Mariana Vieira, Christopher Bochmann, Luís Carvalho, Pedro Berardinelli, Cândido Lima, Rita Torres e João Carlos Pinto). 

Paralelamente à preparação dos concertos, decorrem 4 master classes de instrumento no Cine-Teatro Avenida, abertas também a alunos dos cursos secundários de música que pretendem tomar contacto com os professores das instituições para onde eventualmente seguirão no ensino superior. Pedro Carneiro lecciona a master class de tímpanos (dia 27), Vasco Ramalho a de marimba (dia 28), Miquel Bernat dedica-se ao vibrafone (dia 29) e André Dias, da escola local, ministra a master class de caixa (dia 30). 

Abertos a todo o público, os concertos do 4º FIP são de entrada livre e prometem grande diversidade estética com representação maioritária de compositores portugueses. 

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