A Câmara Municipal da Covilhã vai comprar o acervo e arquivo documental do jornal “Notícias da Covilhã”, bem como um imóvel onde funcionou uma parte daquela publicação, num investimento total de 214 mil euros.
O contrato de promessa de compra e venda foi aprovado por unanimidade na reunião privada do executivo e é estabelecido entre esta autarquia do distrito de Castelo Branco e a Diocese da Guarda, proprietária deste jornal cuja edição impressa está suspensa desde março de 2022.
Na informação transmitida hoje aos jornalistas no final da sessão de Câmara, o presidente do município, Vítor Pereira, ressalvou que a aquisição visa somente o acervo, um edifício e uma zona de estacionamento, e que não engloba o título.
Ainda assim, quando questionado sobre o futuro do jornal, adiantou que lhe foi transmitida a informação de que o título já foi vendido e que a publicação impressa vai ser retomada.
“Penso que é uma boa notícia”, disse, explicando que esse conhecimento lhe chegou por via da Diocese da Guarda.
Sem revelar o investidor, referiu ainda que o mesmo pretenderá manter os funcionários.
No que concerne ao acordo com o município, Vítor Pereira vincou que o mesmo visa ajudar a preservar a memória que aquele arquivo encerra e que surgiu após um contacto feito pela própria Diocese da Guarda.
“Estão ali mais de 100 anos da história da Covilhã. De um jornal que é nosso, que é do nosso concelho, que é dos mais antigos do país, que tem um grande palmarés, uma história rica e pergaminhos”, fundamentou.
Segundo esclareceu, o objetivo é transformar o edifício que está em ruínas num espaço museológico e de interpretação da história do jornal e da cidade, através da exposição do arquivo.
“É também o pretexto ideal para recuperarmos, revitalizarmos e regenerarmos aquele espaço”, destacou, lembrando que o mesmo está numa zona nobre da cidade.
Vítor Pereira referiu ainda que o imóvel foi avaliado em 109 mil euros e o espólio em 105 mil euros.
Os vereadores da coligação CDS/PSD/IL votaram a favor por se tratar de uma ação que pretende “preservar a memória de um jornal emblemático da cidade”, referiu Pedro Farromba.
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