Tribunal da Sertã conclui processo de 2002 e decide montante global de 1,187 milhões de euros que vai ser entregue, até quarta-feira, a 190 antigos funcionários da empresa.
Cerca de 190 antigos trabalhadores da Sotima vão receber esta semana 1,187 milhões de euros, na sequência do processo de insolvência da empresa. As verbas, referentes a salários em atraso e indemnizações, foram entregues pelo liquidatário judicial ao Sindicato dos Metalúrgicos, que irá fazê-los chegar aos antigos funcionários até quarta-feira. A fábrica encerrou em 2002 e o processo de insolvência tem vindo a correr no Tribunal da Sertã.
João Neto, representante dos trabalhadores na Comissão de Credores, explica que a compra dos imóveis pela Câmara Municipal de Proença-a-Nova e Lena Ambiente “contribuiu de forma decisiva para adiantar o processo”. As instalações onde funcionou a antiga fábrica de aglomerados de madeira integram a área abrangida pelo Parque Empresarial de Proença-a-Nova, onde estão atualmente instaladas quatro empresas.
Apesar de haver também beneficiários de outros concelhos, João Neto explica que a maioria das pessoas reside no concelho de Proença-a-Nova. Criada no início da década de 80, a Sotima foi durante cerca de 20 anos o maior empregador do concelho. Em 2007 a Câmara de Proença e o Grupo Lena formaram uma parceria público-privada para aquisição do complexo industrial, mas já em 2011 a autarquia acabaria por passar a deter a totalidade da participação.
João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, congratula-se com a decisão e destaca que o dinheiro investido pela autarquia na aquisição dos imóveis “acaba por voltar às famílias do concelho, numa altura particularmente difícil” do ponto de vista económico. “Seria muito melhor se a fábrica nunca tivesse encerrado e ainda tivéssemos os postos de trabalho, mas dadas as circunstâncias até é um desfecho favorável”, conclui.
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