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DIELMAR: Tribunal de Castelo Branco manda vender massa insolvente da empresa o mais rápido possível

O Juízo de Comércio do Fundão, do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, notificou o administrador da insolvência da empresa de confeções DIELMAR para que proceda à liquidação da massa insolvente “com a maior brevidade possível”.

  • Economia
  • Publicado: 2021-11-17 16:35
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

O documento, a que a agência Lusa teve acesso, tem data desta segunda-feira passada, dia 15 de Novembro, e está assinado pelo juiz Filipe Guerra, que determina que se proceda à notificação do administrador da insolvência, João Gonçalves, para que este “promova a liquidação do ativo da massa insolvente, com a maior brevidade possível, conferindo aos interessados a possibilidade de apresentarem, em tempo e local a definir, as respetivas propostas”.

A Assembleia de Credores da DIELMAR decidiu, no passado 10 de Novembro, o encerramento definitivo do estabelecimento e deu cinco dias aos credores para se pronunciarem sobre uma proposta de compra da sociedade VALÉRIUS, no valor de 250 mil euros.

O juiz decidiu ainda que o administrador da insolvência, “no um prazo máximo de 90 dias deverá apresentar relatório atualizado acerca das diligências levadas a cabo”.

Na base desta decisão do Tribunal está o ressurgimento de duas novas propostas, comunicadas aos autos pelo gestor judicial, da autoria da sociedade OUTFIT 21 e do proponente Cláudio Nunes, que no passado dia 26 de Outubro, tinha apresentado à Assembleia de Credores, uma proposta de 10 milhões de euros.

À Lusa, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa (STBB), Marisa Tavares, voltou a responsabilizar o Governo pela situação que se criou em torno deste processo. “Efetivamente não foram tomadas as medidas que deviam ter sido tomadas atempadamente”, declarou a dirigente sindicalista ao defender que a situação se deve resolver “o mais rapidamente possível e não esperar pelos 90 dias” dados agora pelo tribunal.

“Tudo o que for feito deve ser feito para que se criem condições de modo a que a proposta que vier a ser aprovada, inclua as instalações da DIELMAR, em Alcains. Isso é importante referir para não se abrir aqui um precedente de que se vão vender os equipamentos e depois que façam deles o que quiserem, apesar de colocarem na proposta que vão admitir, preferencialmente, os trabalhadores da DIELMAR. Isto é uma questão social de Alcains e deve ser trabalhada nesse sentido”, concluiu Marisa Tavares.

A DIELMAR pediu a insolvência no passado dia 02 de Agosto, tendo o Juízo de Comércio do Fundão da Comarca de Castelo Branco declarado a insolvência da empresa no dia seguinte.

Depois da rescisão de contratos para os trabalhadores das lojas e da não renovação dos contratos a termo, a empresa tem ainda cerca de 245 trabalhadores.

Fundada em 1965 por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a DIELMAR, que empregava atualmente mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de Covid-19.

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