Há muitas maneiras de viver no mundo moderno e nem todos querem a vida padronizada das grandes cidades.
Algumas pessoas escolheram um caminho fora do rebanho, decidindo abandonar o conforto e comodidades para viverem uma vida simples e isolada na floresta. O fotógrafo Ivo Vladimiro anda ao encontro destas pessoas para os fotografar e contar as suas histórias em situações cotidianas. Os principais personagens do projeto abandonaram as normas sociais por razões diferentes. Pelo desejo de abandonar completamente a vida em sociedade para viver sozinho na natureza.
Comecei esta série de reportagens na Aldeia de Cabrum a 20km de Viseu, árvores construções antigas em pedra, o barulho da água a correr duas ovelhas, 3 cães ainda muito pequenos e alguns brinquedos no caminho mostra-me que, cheguei no meio da natureza à aldeia. Decidi fazer esta reportagem de uma forma bem pessoal, para proporcionar uma maior aproximação entre mim e as pessoas que lá vivem, algo que não seria possível se não fosse lá permanecer durante dias e ter o mesmo estilo de vida. Fiz questão de experimentar, de facto, a vida em comunidade. Passei o meu tempo com os habitantes. Comi com eles refeições com produtos biológicos e vegetarianas, conversamos muito sobre tudo e criamos aquilo que hoje se está a perder " comunicação, sentimentos, valores".
Cabrum é uma aldeia portuguesa abandonada e recentemente habitada por um grupo de pessoas com vontade de criar um projecto Amakura.
A eco-aldeia de Cabrum é “bastante fechada”, mas eu fui muito bem recebido, talvez por demonstrar que não era apenas mais um fotojornalista como tantos outros que querem lá ir fazer histórias. A RTP fez há uns tempos uma reportagem e desde então outros projetos foram feitos. Fiquei surpreendido quando a Manuela (pessoa que dirige todo o projecto) que me disse "és dos únicos jornalistas a quem dissemos SIM vem fazer o teu trabalho pois a TVI e a SIC estão constantemente a querer cá vir fazer uma reportagem e não estamos abertos".
Todas as Pessoas são lá bem recebidas, eles fazem questão de deixar isso bem claro, e que para eles é uma felicidade receber todos.
As palavras que mais lá ouvi foram GRATIDÃO, NATUREZA, AMOR, FELICIDADE.
Obrigado á Manuela a Bruna o Pedro e a Lorena ao António ao Júnior, Vasco e a Maryiam e fica já prometido o meu regresso em breve.
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