Presidenciais/2021: André Ventura assume ser fascista em Castelo Branco

Por defender anticorrupção na sociedade politica portuguesa, o candidato e presidente do Partido Chega afirmou esta 5ªfeira, dia 14 de Janeiro de 2021, que "se os manifestantes que criticam a minha campanha acham que ser contra a corrupção, puni-la com prisão perpétua e impor incompatibilidade vitalícia aos corruptos para impedire-los que possam assumir cargos públicos novamente, como se nada fosse, então sim, somos fascistas", afirmou André Ventura.

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  • Publicado: 2021-01-15 00:00
  • Por: José António Baleiras

O candidato chegava à zona de bares e restauração chamada Docas, em Castelo Branco, onde foi recebido com insultos de manifestantes, rapidamente abafados pelos seus cerca de 40 apoiantes, mais organizados e equipados com bandeirinhas da candidatura a puxaram pelo líder: “André, André, André”.

O candidato presidencial do Chega considera ser “o político mais ameaçado e perseguido desde o 25 de Abril”, quando questionado pelos jornalistas sobre os insultos a adversários políticos que proferiu na quarta-feira à noite em Portalegre.

“Numa palavra: vergonha, vergonha”, exaltou-se. “Não é a música do PCP nem os protestos de bandeiras coloridas nem das minorias subsídio-dependentes, nem gritos ridículos que nos vão impedir. A nossa ordem é sempre a mesma: vão trabalhar”, afirmou.

O deputado único da força política da extrema-direita parlamentar aproveitou o facto de estar na Capital de Distrito onde se afirmou o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, na Covilhã, suspeito de crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, para voltar a atacar o PS.

Ventura recordou ainda a perda de mandato do autarca albicastrense Luís Correia no verão do ano passado decretada pelo Tribunal Constitucional devido a negócios da Câmara Municipal de Castelo Branco com uma empresa do seu próprio pai. O socialista Correia cumpria o segundo mandato no município, que liderava desde 2013.

“É a campanha que os adversários têm feito contra mim em todo o lado. É ‘racista’, ‘fascista’, não há nenhum debate de ideias. O que disse foi que esses políticos estão ultrapassados”, justificou, quando questionado pelos jornalistas.

O candidato presidencial do Chega considerou ser “o político mais ameaçado e perseguido desde o 25 de Abril”, quando questionado pelos jornalistas sobre os insultos a adversários políticos que proferiu na quarta-feira à noite em Portalegre.

“É a campanha que os adversários têm feito contra mim em todo o lado. É ‘racista’, ‘fascista’, não há nenhum debate de ideias. O que disse foi que esses políticos estão ultrapassados”, justificou, quando questionado pelos órgãos de comunicação social ali presentes.

 “Dizem que eu insulto uma candidata quando ela diz que eu devia ser ilegal e nem sequer devia ter um partido político”, afirmou, referindo-se à diplomata socialista Ana Gomes antes de ser rapidamente retirado do local pelos seguranças pessoais.

No comício noturno de quarta-feira, em Portalegre, Ventura proferiu insultos contra o líder comunista Jerónimo de Sousa e os candidatos Marcelo Rebelo de Sousa, João Ferreira, Marisa Matias e Ana Gomes.

As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal em 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.

Como é do conhecimento público, há sete candidatos, nomeadamente, o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o deputado único do Chega, André Ventura, o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (“Tino de Rans”, presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).

 

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