Deputada do PSD de Castelo Branco acusa Governo de “não dar sinal de preocupação” sobre Almaraz

Em maio, a um mês do encerramento previsto da Central Nuclear de Almaraz, o Conselho de Segurança Nuclear (CNS) veio anunciar que “acordou informar favoravelmente a solicitação da renovação da autorização de exploração da Central Nuclear de Almaraz” até 2027 na unidade I e 2028 na unidade II.

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  • Publicado: 2020-07-06 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Segundo a informação enviada ao Diário Digital Castelo Branco, nesse mesmo mês, um conjunto de deputados do PSD, do qual faz parte Cláudia André, deputada eleita pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, enviaram um conjunto de perguntas ao ministro do Ambiente e Ação Climática, recordando que a realidade de 2010 – ano inicialmente previsto para o encerramento – e os perigos da central “não melhoraram, pelo contrário, os riscos mudaram e as políticas também, principalmente, no que ao desmantelamento de centrais nucleares respeita”.

Em resposta, o ministro, apesar de afirmar que Portugal “tem acompanhado de perto as questões relacionadas com as opções energéticas em Espanha”, insiste em dizer que “o Governo de Espanha é soberano na tomada de decisão sobre as opções energéticas no seu país e, nesse contexto, no que respeita ao prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz.”

Para a parlamentar Cláudia André, a resposta dada demonstra o quanto “o Governo não tem dado qualquer sinal de preocupação sobre o assunto”. A deputada salienta ainda o facto de não chegar qualquer informação que “existam algumas negociações nem tão pouco a realização de reuniões para se tentar chegar a um consenso entre os dois lados da fronteira”. 

No mês de junho, e num curto espaço de cinco dias, a Central Nuclear de Almaraz sofreu dois incidentes. Os factos, felizmente sem consequências de maior, vieram levantar ainda mais a preocupação do PSD sobre os perigos da continuidade do funcionamento da Central.

Quando questionada sobre o tema, pelo PSD, na Assembleia da República, Cláudia André reconhece no ministro “uma postura conformista e fatalista”, porque “em nenhum momento se comprometeu a realizar alguma ação diplomática com o governo do país vizinho”, o que, no seu entender, “demonstra um esquecimento e falta de responsabilidade para com a região”.

 

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