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Novo amendoal ameaça ambiente em Idanha-a-Nova

 Quercus denunciou a instalação de um novo projeto de amendoal superintensivo na biorregião de Idanha-a-Nova e exigiu que as autoridades "façam cumprir a lei para proteger o ambiente e a saúde pública".

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  • Publicado: 2020-07-05 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

"Mais um projeto de instalação de amendoal superintensivo em Idanha-a-Nova, em pleno Geoparque Naturtejo, na biorreegião de Idanha-a-Nova e nas proximidades do Parque Natural do Tejo Internacional, que ameaça a saúde pública e o ambiente", refere, em comunicado, a Quercus.

Os ambientalistas falam ainda de recursos hídricos ameaçados, solos e Reserva Ecológica Nacional (REN) destruída, numa área de 300 hectares.

"A Quercus verificou no terreno mais um crime ambiental numa propriedade em Idanha-a-Nova perto da localidade do Ladoeiro, onde estava a ser destruída, de forma ilegal, toda a galeria ripícola em várias linhas de água, com grandes mobilizações dos solos em clara violação da REN e das boas práticas ambientais agrícolas previstas pela União Europeia. Estas ‘limpezas’ são trabalhos de preparação para instalação de mais um amendoal intensivo em Idanha-a-Nova", sustentam.

Adiantam que vão continuar a acompanhar este caso e exigir que as autoridades façam cumprir a lei e obriguem o proprietário a repor a situação inicial, promovendo a plantação e regeneração das galerias ripícolas destruídas.

"A área de projeto, pela sua grande dimensão, interfere inevitavelmente com o equilíbrio dos ecossistemas naturais presentes. Devido às mobilizações de terras, alteração do relevo, sendo de salientar que a movimentação de terras e terraplanagens tornam os impactes parcialmente irreversíveis. É de salientar que a destruição e/ou remoção do coberto vegetal, compactação do solo, são impactes negativos, diretos, de magnitude elevada e significativos", sublinham.

Os ambientalistas realçam ainda que a destruição dos ‘habitats' existentes no terreno constitui um dos principais impactes sobre a fauna, uma vez que estes proporcionam refúgio e alimento.

"A Quercus exige que as autoridades reforcem a fiscalização e façam cumprir a lei para proteger o ambiente e a saúde pública", concluem.

Já em março, tinham denunciado a instalação de outro amendoal superintensivo no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, numa propriedade em Vale Serrano.

Os ambientalistas explicavam que o projeto, na altura em consulta pública, previa gastar 100 mil euros por ano em pesticidas e tratamentos agrotóxicos, e adiantavam que só em glifosato estava previsto a aplicação de mais de 600 quilos por ano.

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