A Assembleia Municipal de Proença-a-Nova aprovou por unanimidade uma proposta do PS que apoia todas as iniciativas que visem impedir o prolongamento da central nuclear espanhola de Almaraz para lá de 2020.
A Assembleia Municipal de Proença-a-Nova aprovou por unanimidade uma proposta do PS que apoia todas as iniciativas que visem impedir o prolongamento da central nuclear espanhola de Almaraz para lá de 2020.
"Em face dos factos conhecidos e das nefastas consequências humanas, sociais, ambientais e económicas que um grave acidente nesta central [Almaraz] traria a toda a Península Ibérica, apoiamos todas as propostas e iniciativas que visem impedir o prolongamento do período de funcionamento para lá do limite do seu período de vida, que é 2020", lê-se no comunicado.
Delegações de Portugal, de Espanha e da União Europeia visitaram na segunda-feira a central de Almaraz, no âmbito de um acordo selado entre os dois países com o patrocínio da Comissão Europeia.
O Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) disse que essa visita de delegações de Portugal e da União Europeia a Almaraz foi apenas de "cortesia" e que só vai evitar uma inspeção profunda.
A associação ambientalista ZERO lamentou a ausência de especialistas de Organizações Não-Governamentais (ONG) na visita.
O grupo parlamentar do PS em Proença-a-Nova adianta que a central nuclear de Almaraz "não reúne todas as condições de segurança exigíveis a um equipamento desta natureza, quer pela sua idade, quer pela quantidade de acidentes registados só nesta década (69) e pelo tipo de tecnologia usada já estar ultrapassada e por isso menos segura".
O documento apresentado pelos socialistas mereceu a unanimidade de todos os deputados com assento na Assembleia Municipal de Proença-a-Nova.
Recentemente, os deputados socialistas Fernando Martins e Vítor Bairrada participaram, em Portalegre, a convite do grupo parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes, numa audição pública descentralizada sobre o tema de Almaraz, onde foram debatidos temas relativos à construção do aterro de resíduos nucleares e o prolongamento do seu período de funcionamento para lá de 2020.
A funcionar desde o início da década de 1980, a central está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.
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