Castelo Branco: Companhia de Dança de Almada trás “Casa do Rio”

Inspirado na música tradicional portuguesa, este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação o coreógrafo diz: “Depois de uma incursão pelas minhas raízes africanas, precisava dançar também sobre as minhas raízes lusas.

  • Cultura
  • Publicado: 2011-05-19 14:04
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

Inspirado na música tradicional portuguesa, este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação o coreógrafo diz: “Depois de uma incursão pelas minhas raízes africanas, precisava dançar também sobre as minhas raízes lusas.

E aqui nasce Casa do Rio..., do desejo de estilizar as danças tradicionais portuguesas. Há influências dos pauliteiros, da chula, do corridinho do Algarve, do fandango, das danças do Minho – mas também da alegria dos momentos quotidianos, da leitura de alguns comportamentos do homem comum, a observar o outro. São instantes onde se revelam os lamentos e a coscuvilhice, o sorriso e as lágrimas. Estas, mescladas à eterna saudade, tão presente neste país que termina em mar e nos faz ficar virados para o mundo. Ou se transmuda em oceanos e nos transporta para tantos outros territórios. No fim, uma paisagem para todos nós: o Portugal cosmopolita que não perdeu a sua identidade, que se viu colorido e reforçado pela riqueza das diferenças.”

O título provém de uma das músicas do grupo Danças Ocultas. E é sobretudo a sua música inspiradora como transporte para um universo puro, simples, diverso, vindo do pulsar dos acordeões “de eterno no meu trabalho, sempre a mãe terra, a partida constante e o querer chegar a casa. Casa esta que se encontra dentro de cada um de nós. Sentimento reforçado pelo vislumbre do conhecido ou pela simples contemplação de uma paisagem...

O bailado Casa do Rio é caracterizado pelo sublime tom que se desprende da música de Danças Ocultas, Galandum Galundaina, Francisco Ribeiro... permeada pelo lado sensorial dos movimentos de dança que crio. Como o amor e o desamor, característico dos humanos, as suas referências várias se manifestam em sentimentos. Avulsos alguns, contidos outros.”

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