O líder sindical falava na Covilhã, numa cerimónia evocativa da luta dos operários dos lanifícios da cidade ao longo dos tempos, promovida pelo Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB).
Uma sessão justificada pela “importância” da luta dos trabalhadores têxteis da região, “que, a partir de 1971, teve uma influência enorme na fixação do salário mínimo nacional”, destacou.
Da mesma forma, “entre 1980 e 82, a luta aqui desenvolvida foi absolutamente decisiva para a afirmação da contratação coletiva em Portugal”.
Segundo Carvalho da Silva, a Covilhã alberga “do melhor que existe no património da luta dos trabalhadores portugueses” e tal é visível mesmo além do mundo laboral.
A região é uma das que tem “maior concentração de clubes recreativos, desportivos e culturais, grande parte dos quais foi desenvolvido a partir do movimento operário”, referiu.
Hoje, perante uma plateia de cerca de 150 pessoas, no auditório da Casa Sindical da Covilhã, o alvo foi a “ofensiva neoliberal sem paralelo que a Europa lidera”.
O líder da CGTP criticou “quem tenta matar a esperança das jovens gerações” ao criar a ideia “de que terão uma vida pior que os pais ou avós”.
Assim, propôs “um exercício de memória: foi a estabilidade e segurança no emprego, os direitos sociais, na saúde, na educação e na Segurança Social que projetaram o desenvolvimento do país”.
Na sua intervenção defendeu a construção da esperança como “uma construção coletiva e é necessário repor na sociedade portuguesa uma solidariedade forte entre gerações para haver confiança no futuro”, concluiu.
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