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Joaquim Morão disposto a acatar a escolha do lider do PS em relação ao candidato nas presidenciais

Autarcas socialistas manifestaram "desconforto" em relação a um eventual apoio do partido à candidatura presidencial de Manuel Alegre, contrapondo nomes como Jaime Gama, Jorge Sampaio ou António Guterres.

Joaquim Morão diz que seguirá as indicações do lider do Partido.
 

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  • Publicado: 2010-05-08 12:40
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Autarcas socialistas manifestaram "desconforto" em relação a um eventual apoio do partido à candidatura presidencial de Manuel Alegre, contrapondo nomes como Jaime Gama, Jorge Sampaio ou António Guterres.

Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco, lembrou os "engulhos" que o poeta candidato tem causado ao PS e ao Governo, mas manifestou-se disposto a acatar a escolha do líder socialista.

"O que for, será", disse.

"Se o PS, a nível oficial, der o seu apoio a Manuel Alegre, irei respeitar essas orientações, porque tenho responsabilidades partidárias, mas confesso que não o farei com muito à vontade. Pelo contrário, sentirei algum desconforto", disse, à Lusa, o presidente da Câmara de Santo Tirso.

Castro Fernandes criticou a "série de posições políticas" que Alegre teve, nos últimos anos, contra o Governo socialista, bem como a forma como apresentou a sua candidatura à Presidência da República, "com o apoio do Bloco de Esquerda".

"Agora, parece que amainou um pouco nas críticas, mas há coisas que não se esquecem e eu não tenho duas caras", acrescentou, sublinhando que o seu candidato seria Jaime Gama.

"Tem perfil, estatuto, credibilidade, é politicamente correto", justificou.

O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Vassalo Abreu, também confessou que será "sem grande entusiasmo" que apoiará Manuel Alegre, caso essa seja a escolha da direção nacional do PS.

"O que ele fez ao partido e a falta de solidariedade que demonstrou não podem ser apagadas, de um momento para o outro", referiu Vassalo Abreu, garantindo que Jorge Sampaio teria todo o seu "entusiástico" apoio se decidisse voltar a concorrer a Belém.

Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, também não escondeu que será com "algum desconforto" que dará o seu apoio a Alegre, tanto pela forma como avançou para a candidatura presidencial, como pelos "ataques" que fez à governação rosa, nos últimos anos.

"Toda a gente se lembra que Manuel Alegre disse, há uns três anos, que o Governo de José Sócrates era pouco de esquerda, quando esse mesmo Governo fez uma política reformista como não há memória e apostou forte nas políticas sociais", afirmou Guilherme Pinto.

Artur Neves, presidente da Câmara de Tarouca, expressou mesmo a sua "revolta pela forma de estar de Manuel Alegre dentro do partido".

Criticou também a forma como lançou a candidatura, "sem ter o cuidado de ter em conta o seu partido e apresentando-se em situação de subordinação frente ao Bloco de Esquerda".

"Decididamente, não será com muito entusiasmo que o apoiarei, se for essa a decisão do secretário geral do PS", rematou Artur Neves.

Já João Azevedo, autarca de Mangualde, disse que a sua escolha seria "claramente" António Guterres, por considerar que Alegre "teve comportamentos pouco simpáticos" em relação ao PS

Artur Cascarejo, presidente da Câmara de Alijó, disse compreender se houver militantes socialistas que "não apoiem com muita alegria" a candidatura de Alegre, mas sublinhou que o PS "não tem melhor candidato para apoiar".

"Não há, neste contexto político, melhor candidato para eventualmente derrotar o atual Presidente da República e, por isso, seria um ato de irresponsabilidade política os socialistas não apoiarem Manuel Alegre", sublinhou.

O autarca de Resende, António Borges, reconheceu que o nome de Manuel Alegre "não colhe unanimidade dentro do PS" e inclui-se no lote dos que consideram que aquele candidato "não é a melhor solução".

"O PS não sairia diminuído se der liberdade de voto e deixar que os seus militantes se pronunciem da forma que entenderem", sugeriu.

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