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Reino Unido/Eleições: Resultados apurados determinam que nenhum partido conseguiu a maioria absoluta

Nenhum partido britânico conseguiu assegurar a maioria absoluta nas eleições legislativas de quinta feira, mas os Conservadores são o partido com maior número de votos e deputados.

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  • Publicado: 2010-05-07 11:09
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
Nenhum partido britânico conseguiu assegurar a maioria absoluta nas eleições legislativas de quinta feira, mas os Conservadores são o partido com maior número de votos e deputados.

Apurados 616 dos 650 lugares, é matematicamente impossível agora para qualquer dos partidos conseguir eleger os 326 deputados necessários para garantir uma maioria absoluta, o que já não acontecia desde 1974.

Os Conservadores elegeram até agora 291 membros da Câmara dos Comuns, o partido Trabalhista 247 e os Democratas Liberais 51, enquanto os restantes 27 assentos foram distribuídos por partidos escoceses, galeses e da Irlanda do norte.

Os Verdes conseguiram colocar pela primeira vez um candidato no Parlamento, a líder Caroline Lucas.

Numa noite marcada pela incerteza dos resultados, várias figuras de topo dos diferentes partidos foram derrotadas, com destaque para o líder do governo da Irlanda do norte, Peter Robinson, que perdeu o lugar que tinha desde 1979.

No campo dos Trabalhistas, Charles Clarke, antigo ministro do Interior e feroz crítico de Gordon Brown, não conseguiu ser reeleito, à semelhança de Jacqui Smith, também ex-ministra do Interior caída em desgraça devido às alegadas irregularidades nas despesas feitas enquanto deputada.

Os Democratas Liberais, de quem se esperava um resultado mais robusto após o pico causado pela popularidade do líder Nick Clegg, perderam dois deputados de primeira linha, Lembit Opik e Evan Harris.

Apesar de terem ganho 91 lugares, sobretudo à custa dos Trabalhistas, os Conservadores não conseguiram eleger alguns dos seus candidatos favoritos, como Annunziata Rees-Mogg e Shaun Bailey.

De fora do Parlamento ficaram, até agora, o partido eurocético UKIP e o partido de extrema direita BNP, que não conseguiram repetir o feito de junho do ano passado, quando elegeram deputados para o Parlamento Europeu.

O futuro do governo está agora nas mãos do primeiro ministro Gordon Brown que, segundo as normas, tem o direito de tentar negociar uma coligação ou apoios de outros partidos para formar um executivo.

Tal poderá demorar vários dias, nomeadamente se tentar aliar-se aos Democratas Liberais, cujos órgãos internos têm de aprovar um acordo antes de este ser anunciado.

Se não houver perspetiva de um governo estável, Gordon Brown poderá optar por apresentar a demissão à rainha, que chamará então David Cameron enquanto líder do partido maioritário no Parlamento para o convidar a formar governo.