Mais de 230 mil alunos do 4.º e 6.º anos de escolaridade realizam hoje a Prova de Aferição de Matemática, teste que visa a recolha de dados relevantes sobre os níveis de desempenho dos estudantes.
Agendadas para as 10:00, as provas do 1.º ciclo têm a duração de 90 minutos, repartidos por dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 25. As do 2.º ciclo têm a duração de 100 minutos, repartidos por dois períodos de 50 minutos, separados por uma pausa de 20.
Em 2009 fizeram estas provas 116 403 alunos do 4.º ano e 119 214 do 6.º, num total de mais de 235 mil alunos, distribuídos por 6292 escolas. Quanto a professores classificadores, foram destacados 10 748, segundo dados da tutela.
A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) defende que estas provas sejam realizadas por uma entidade externa ao Ministério da Educação (ME) para evitar a tentação dos "resultados mediáticos e políticos".
Segundo o presidente da SPM, estes testes deveriam ter o estatuto de exames nacionais, com efeitos nas notas dos estudantes no final do ano, ao mesmo tempo que o nível de rigor deveria ser "bastante mais" elevado.
Introduzidas em 1999, as provas começaram por ser universais, apesar das classificações não contarem para a nota final, mas em 2002 passaram a ser realizadas apenas por uma amostra representativa de alunos.
Em 2007, o ME, então dirigido por Maria de Lurdes Rodrigues, decidiu que os testes voltavam a ser aplicados a todos os estudantes dos dois anos de escolaridade.
Apesar de não contarem para efeitos de reprovação dos estudantes, as notas alcançadas nestas provas serão afixadas em pauta, possibilitando, segundo o Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), "uma reflexão coletiva e individual sobre a adequação das práticas letivas".
No ano passado, a percentagem de negativas na prova de aferição de Matemática do 4.º ano passou de 8,8 para 11 por cento, enquanto no 6.º ano registou-se igualmente um aumento, de 18,3 para 20 por cento.
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet