“As indústrias de moagem efetuam a compra de cereal de acordo com os requisitos legais aplicáveis, para além de possuírem sistemas de controlo que permitem assegurar que todas as matérias-primas utilizadas no fabrico de farinhas estão em conformidade com os requisitos de segurança alimentar”, refere a APIM em comunicado enviado à agência Lusa.
A associação reagia às notícias - que classificou de “pouco esclarecedoras” - divulgadas quarta feira e segundo as quais um estudo científico de âmbito nacional comprovou a existência, em alguns tipos de pão, de uma substância química tóxica prejudicial à saúde produzida por fungos: a ocratoxina.
Uma equipa de investigadores de várias entidades, entre as quais se inclui o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), encontrou Ocratoxina - uma substância química tóxica produzida por fungos e com potencialidade tóxica para os rins, fígado e aparecimento de cancros - em alguns tipos de pão, consumidos pelos portugueses.
Apesar da ingestão estimada parecer não constituir um problema para a saúde do consumidor, a sua ingestão contínua em baixos níveis pode acarretar eventuais riscos.
No trabalho até agora desenvolvido, constatou-se ainda que o pão de milho, de centeio e integral apresentam teores mais elevados desta substância do que os de trigo.
O texto da APIM sustenta que a “ocratoxina pode ocorrer naturalmente nos cereais durante o seu armazenamento, pela ação de fungos que se desenvolvem em condições de humidade e temperatura elevadas, sobretudo em períodos mais longos”.
Destaca, no entanto, que “desde 2002 a União Europeia tem em vigor legislação específica que estabelece o limite máximo desta micotoxina nos cereais para uso na alimentação humana”
A associação garante ainda que em Portugal “a rotatividade dos cereais é muito elevada” pelo que o aparecimento de tais contaminações se torna mais difícil.
“Como se prova pela inexistência de valores acima dos limites máximos definidos pela legislação europeia em vigor”, sustenta o documento.
A entidade salienta ainda que “são efetuados controlos adicionais à farinha resultante da moenda do cereal, de modo a garantir o cumprimento dos limites estabelecidos pela legislação europeia para as farinhas de consumo humano”.
Por esse motivo, a APIM classifica de “infundado” o sentimento de “preocupação e alarme” que as notícias publicadas podem provocar, “visto a indústria de moagem assegurar o cumprimento de todos os requisitos legais no fabrico de produtos para a alimentação humana”.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet