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Castelo Branco: Estudo do IPCB revela excesso de peso na população adulta do concelho

 O rastreio da obesidade efetuado pelo IPCB/ Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) no Concelho de Castelo Branco, a 1234 adultos, entre setembro de 2010 e março 2012, revela que 40,6% dos indivíduos apresentam excesso de peso, enquanto 24,1% são obesos.

  • Educação
  • Publicado: 2012-07-16 20:33
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

 O rastreio da obesidade efetuado pelo IPCB/ Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) no Concelho de Castelo Branco, a 1234 adultos, entre setembro de 2010 e março 2012, revela que 40,6% dos indivíduos apresentam excesso de peso, enquanto 24,1% são obesos.

O excesso de peso foi significativamente mais elevado nos homens (47,1%) do que nas mulheres (37,4%), mas em relação à obesidade a percentagem foi ligeiramente mais alta nas mulheres (24,3% / 23,7%) - (gráfico 1). O estudo revela ainda que 64,7% da população se encontra acima do peso ideal, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC).
A pesquisa foi efetuada por Angélica Fernandes Marques, aluna finalista do curso de Cardiopneumologia, no âmbito da disciplina de Investigação Aplicada, sob a orientação dos docentes José Maria Folgado da Silva (científica), e Alexandre José Marques Pereira (estatística).

Para além do Índice de Massa Corporal, o rastreio desenvolvido no IPCB/ESALD incluiu outras medidas de diagnóstico, com destaque para o índice razão cintura/altura. De acordo com este índice os resultados obtidos no rastreio são bastante preocupantes já que o diagnóstico de obesidade abdominal foi observada em 79,4% da amostra estudada (49,9% dos indivíduos apresentavam um IMC normal), sendo mais prevalente nos homens (85,8%) do que nas mulheres (76%) - (gráfico 2)

De referir que uma das limitações do IMC é o fato de não oferecer informação sobre a distribuição da gordura no nosso corpo, já que por vezes diagnostica de forma errónea pessoas com excesso peso ou obesidade, quando na realidade têm uma maior massa muscular. Por outro lado pode diagnosticar pessoas com peso normal quando estas apresentam obesidade localizada na região abdominal, associada a maiores riscos para a saúde do que a obesidade de distribuição mais periférica.

O estudo revelou, também, que os indivíduos mais afetados por esta doença são os indivíduos com baixo nível literário, as domésticas, os casados, os viúvos, os pensionistas, e os indivíduos com idade avançada.

A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde uma doença, que integra o grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e representa um fator de risco relevante para o surgimento de outras DCNT tais como: Diabetes Mellitus II; distúrbios cardiovasculares, que incluem a doença coronária, o enfarte agudo do miocárdio e hipertensão arterial; distúrbios biliares e algumas formas de cancro, levando a um risco aumentado de morte prematura. Também representa um risco para queixas não-fatais mas debilitantes, incluindo as dificuldades respiratórias, problemas músculo-esqueléticos (ex.: osteoartroses), problemas cutâneos e a infertilidade, estando ainda em muitos países industrializados associados a vários problemas psicossociais e emocionais, acompanhados de depressão.

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