O projeto ibérico "RedCift", apresentado num encontro transfronteiriço em Vila Velha de Ródão, esta sexta-feira, 5 de Dezembro, quer fazer do rio Tejo uma referência no turismo fluvial.
O evento foi dinamizado pela Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), em parceira com o projeto "RedCift" – Rede de Cruzeiros Ibéricos Fluviais Transfronteiriços, e teve como tema “Um futuro sustentável, natural, cultural e náutico”.
O projeto envolve a criação de itinerários náutico-culturais e a realização de ações de formação e encontros transfronteiriços para promover o turismo responsável e preservar o património natural e cultural das regiões ribeirinhas.
A criação de rotas interligadas ao longo do Tejo é uma das propostas para aumentar a relevância turística do território e que consta de um estudo que foi apresentado nesta sessão, a que a agência Lusa teve acesso.
Trata-se de um documento através do qual se revela uma recolha exaustiva dos elementos e operadores do território que podem contribuir para a concretização deste produto turístico.
Nas sugestões a desenvolver, constam medidas que “permitam a navegação durante todo o ano em áreas atualmente interditas, respeitando zonas de nidificação”, mas também “ampliar a autorização para embarcações com motor elétrico, promovendo cruzeiros para ornitólogos”.
Estabelecer rotas de navegação digitalmente definidas para proteger a flora e fauna local é outro objetivo, tal como “criar regulamentação sobre habilitações para navegação turística, garantindo segurança e qualificação”.
A promoção do turismo fluvial terá também em conta “as rotas terrestres ligadas aos pontos de escala fluvial, destacando o património natural e cultural e interligar essas rotas com serviços complementares, como restauração e alojamento”.
O estudo identifica os operadores náuticos e terrestres que já estão no terreno, as infraestruturas existentes, como os cais fluviais e outros equipamentos de apoio, mas estão também identificados os percursos navegáveis e aqueles em que o caudal não o permite, onde os circuitos náuticos se articulam com as alternativas terrestres.
Este projeto também trabalhará com as estações náuticas que foram recentemente criadas nos concelhos banhados pelo Tejo, como Vila Velha de Ródão, Castelo Branco ou Idanha-a-Nova.
A sessão em Vila Velha de Ródão focou-se no rio Tejo, mas o projeto RedCift abarca, no seu todo, os cinco principais rios que cruzam a Península Ibérica, juntando-se a este o rio Minho, o Lima, o Douro e o Guadiana.
É cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa INTERREG VI a Espanha Portugal (POCTEP) 2021-2027 e dinamizado por entidades de ambos os países, como o Clúster Marítimo-Marino de Andalucía, a Asociación Galega de Actividades Náuticas, o Clúster del Turismo de Extremadura, a Asociación Ibérica de Municipios Ribereños del Duero, a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, a ODIANA - Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana, a AEBB e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
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