


O partido Pessoas - Animais - Natureza (PAN) propôs esta 2ªfeira, 10 de Novembro, no âmbito da discussão orçamental na especialidade, a suspensão do projeto de energia fotovoltaica Sophia, projetado para se instalar em três municípios do distrito de Castelo Branco, apontando riscos “de prejuízo para os ecossistemas” e consequências no turismo e património paisagístico”.
Nesta proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026, o PAN pede a “suspensão imediata de todos os procedimentos e atos administrativos” relativos ao projeto “Central Solar Sophia”, que abrange os municípios do Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor.
Para o PAN, está em causa um “elevado risco de prejuízo para o interesse público nacional, decorrente de potenciais impactos ambientais, sociais, económicos e territoriais irreversíveis” e detalha que a suspensão abrange a emissão e execução de licenças, celebração de contratos e a atribuição de apoios financeiros ou incentivos públicos.
Em comunicado, a porta-voz do partido, Inês de Sousa Real, frisa que a “própria Câmara de Idanha-a-Nova anunciou que não se revê na instalação das mega centrais fotovoltaicas na região e vincou que não quer abdicar da identidade do concelho, nem comprometer o seu património”.
“O PAN relembra ainda que este projeto representa um investimento de 590 milhões de euros e abrange territórios de elevada sensibilidade ecológica e agrícola, atravessando vários municípios e zonas classificadas”, lembra ainda o partido no mesmo comunicado.
No passado dia 03 de novembro, cerca de duas centenas de manifestantes marcaram presença num protesto pacífico, no Fundão, contra a instalação da central fotovoltaica Sophia, exigindo mais transparência nestes processos, que têm um “impacto imenso” na vida das pessoas e no ambiente.
A central solar fotovoltaica Sophia, que abrange os municípios do Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor, no distrito de Castelo Branco, representa um investimento ronda os 590 milhões de euros e a capacidade instalada na central fotovoltaica será de 867 MWp (Megawatt pico).
A central tem uma produção anual prevista de 1.271 Gwh (gigawhatt-hora) o que lhe permitirá gerar energia equivalente ao abastecimento de mais de 370 mil habitações.
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