O parlamento aprovou esta 6ªfeira, 17 de Outubro, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República pela morte do escritor e antigo diretor do Jornal do Fundão Fernando Paulouro Neves, no passado dia 06.
Fernando Paulouro Neves, que faleceu com 78 anos, era sobrinho de António Paulouro, fundador do Jornal do Fundão, e dedicou grande parte da sua vida a este jornal, onde iniciou a carreira como repórter, foi depois chefe de redação e diretor.
“Sob a sua direção, o jornal tornou-se numa referência de qualidade jornalística, isenção e dedicação cívica, no Interior do país, com dimensão na diáspora. Colaborou também com jornais e revistas nacionais, e integrou as estruturas do Sindicato dos Jornalistas e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista”, refere-se no texto apresentado por José Pedro Aguiar-Branco.
No voto, especifica-se também que, no plano literário, Fernando Paulouro Neves “publicou, sozinho e em coautoria, mais de uma dezena de obras, entre as quais Crónica do País Relativo, O Tribunal das Almas, Catorze Histórias Incríveis ou o Fabuloso Imaginário das Lendas da Beira Baixa (com José Castanheira) e A Materna Casa da Poesia, sobre Eugénio de Andrade”.
“Apresentara, na véspera da sua partida, o seu último livro, As Sombras do Combatente. Presidiu ao Teatro das Beiras e recebeu vários galardões, incluindo o Prémio Eduardo Lourenço, a Medalha de Ouro do Fundão (2013) e o Prémio Gazeta de Mérito do Clube dos Jornalistas (2014)”, acrescenta-se.
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