Idanha-a-Nova: Alunos visitam quinta da Egitânia ao explorarem tradições pastoris e inovação agrícola

Um grupo de alunos e professores do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova visitou a quinta onde está a ser desenvolvido o projeto Egitânia, em Idanha-a-Velha, na semana passada.

  • Educação
  • Publicado: 2024-11-26 23:47
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

A visita realizou-se no âmbito do Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA), do Agrupamento de Escolas, através do projeto de Artes Visuais "Tecer o Passado", que explora a lã de forma criativa através de atividades de tecelagem e feltragem. Inspirado pelo modo de vida pastoril, o projeto também aborda a tradição da transumância — deslocações sazonais de rebanhos que caracterizavam a vida rural.

Na quinta da Egitânia, os participantes foram recebidos por Tiago Lourenço, da Real Idanha, empresa responsável pela gestão de 195 hectares de paisagem agrícola na Bio-Região de Idanha-a-Nova. Durante a visita guiada, os alunos e professores aprenderam sobre as práticas sustentáveis aplicadas na produção de azeite e na criação de ovinos, em modo de produção biológico.

A experiência contou ainda com a presença de Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO, e da médica veterinária Carolina Figueiredo.

O projeto Egitânia destaca-se pela sua abordagem inovadora, ao contrariar o paradigma da monocultura do olival e sugerir a sua reconversão em sistemas agrossilvopastoris biodiversos. A produção de ovinos em simbiose com o olival é claramente uma evidência disso, e o foco principal de desenvolvimento e investigação deste projeto.

Além disso, a quinta está integrada na Rota Europeia da Transumância, uma parceria com o Geopark Naturtejo. Nesta propriedade, é desenvolvido também um projeto pioneiro na área do olivoturismo que integra a quinta e as suas escavações arqueológicas, espaços museológicos, a restauração e o alojamento local, por forma a captar, dinamizar e fixar economia local e tornando-o transfronteiriço, criando uma rede de olivoturismo raiano.

Esta iniciativa revelou-se uma oportunidade enriquecedora para os alunos, que puderam conectar-se com as tradições locais e conhecer práticas inovadoras que valorizam o património cultural e ambiental de Idanha.

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