Começa já no dia 4 de outubro a 5a edição do SINGULAR - ciclo de criação artística pluridisciplinar, que se
realiza até ao dia 29 de outubro, apresentando 7 propostas, entre performance, teatro, música, cinema e
instalação no Cine-Teatro Avenida, Fábrica da Criatividade e, pela primeira vez, no Centro de Cultura
Contemporâneo em Castelo Branco.
Caracterizada pelo cruzamento de várias disciplinas artísticas, a programação do SINGULAR tem uma forte
componente urbana, contemporânea e experimental e pretende afirmar-se como um projeto artístico divergente e atrativo para o panorama cultural desta região. Segundo Óscar Silva, diretor artístico do SINGULAR, "o objetivo deste ciclo é trazer à cidade de Castelo Branco propostas artísticas de índole assumidamente experimental contribuindo para o desenvolvimento cultural da região e criando pontes entre artistas e públicos oferecendo ao mesmo tempo aos criadores e aos projetos a oportunidade de circulação e de terem como referência artística a nossa cidade e as pessoas que aqui vivem”.
O ciclo arranca a 4 de Outubro, às 21:30 horas, com um concerto de MOURA, no Cine-Teatro Avenida.
Pedro Moura e Bruna de Moura, apresentam o seu mais recente álbum Azul Assim Apenas.
Moura viaja pelo universo da música folk, através de uma linguagem experimental, misturando instrumentos
acústicos com música eletrónica. A primeira parte ficará a cargo de Guilherme Fortunato (natural de Castelo
Branco) que vai apresentar o disco “Pretty Tired, think i’ll go home now”.
No dia 8 de outubro, às 21h30, na Fábrica da Criatividade, o Coletivo Casa Amarela apresenta o
concerto-performance Jejum #30, uma estreia colaborativa de Bruno Pereira e Tomás Camacho, com os
projetos Aires e Captãomer. Uma proposta assente na música eletrónica experimental e exploração sonora, onde tudo pode ? e deve ? acontecer.
No dia 12 de Outubro, às 21:30, em grande estreia absoluta no Festival Singular, a performance ICONA de
Silvana Ivaldi, na Fábrica da Criatividade em Castelo Branco. ICONA é o terceiro, e último, momento de um projecto que parte da apropriação livre que Ivaldi faz do universo da Divina Comédia de Dante Alighieri. Os momentos anteriores, Dolce Still Nuovo [2020] e Haze Gaze [2022], foram criados a partir dos capítulos Inferno e Purgatório, respetivamente. Icona é dedicada ao Paraíso.
A 14 de outubro, às 17:00 horas, será inaugurada a exposição/instalação Buço Azul, pelo Colectivo Buço Azul, na Fábrica da Criatividade. Esta exposição/instalação, dedicada ao público mais jovem, será o resultado de uma semana de trabalho com crianças e adolescentes, através de oficinas que propõem refletir crítica e artisticamente sobre o tema da violência de género, amor e afetividade a partir do conto “O Barba Azul”, de Charles Perrault. A exposição/instalação ficará patente na Fábrica da Criatividade até 31 de Outubro.
Na semana seguinte, a 23 de Outubro, às 21:30, no Cine-Teatro Avenida, é apresentado o espetáculo de teatro A EQUIPA, de Rui M.Silva. A EQUIPA é um elogio a um grupo de jovens, jogadores de basquetebol, que trabalharam arduamente para se superarem e que criaram, através dos valores do desporto de equipa, umaorganização social.
A dança, numa vertente mais plástica, terá lugar no dia 26 de outubro, às 21h30, no Centro de Cultura
Contemporâneo, com a performance Amanhãs de Ontem de Gustavo Ciríaco. Um projeto coreográfico que
toma a dança como instância de conhecimento, como forma de dialogar com os princípios educacionais de
cognição do mundo.
Terminamos este ciclo, com uma nova área artística, o Cinema com a presença da dupla de cineastas Regina
Guimarães e Saguenail, e o seu filme/documentário Trabalhos de Canto com exibição a 29 de Outubro às 21h no Cine-Teatro Avenida. Trabalhos de Canto retrata o cante alentejano no feminino pós revolução de abril, onde as mulheres partilham memórias de juventude, onde falam de resistência, de luta e de liberdade.
Cada voz e cada cara é isolada do coro, a que se vai regressando, em planos de conjunto onde as vozes se
tornam uma só. E é nesse movimento entre a fala individual e o cante colectivo que está o ritmo mas sobretudo o objecto do filme.
A proposta de programação do SINGULAR apresenta uma transversalidade nas diversas manifestações artísticas ao nível estético conjugada com criadores emergentes e de valor reconhecido.
SINGULAR é uma iniciativa da Terceira Pessoa, estrutura sediada em Castelo Branco, que desenvolve projetos artísticos, com especial enfoque nas artes performativas e dos cruzamentos disciplinares.