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Regadio Sul da Gardunha: Plataforma só aceita a jusante da Albufeira

A Plataforma de Defesa da Albufeira de Stª Águeda / Marateca congratula-se com o cancelamento do regadio sul da Gardunha, Bloco da Marateca.

  • Economia
  • Publicado: 2024-09-12 16:37
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Em nota de imprensa a Plataforma de Defesa da Albufeira de Stª Águeda / Marateca revela que tem "acompanhado os desenvolvimentos relacionados com o Regadio Gardunha Sul – Bloco da Marateca, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Fundão, numa área conjunta de 2000 ha e que previa a captação de água na referida albufeira. Assim e em aditamento a algumas posições públicas de especialistas na matéria, que já realçaram os impactos ambientais negativos, a enorme redução da capacidade útil da albufeira para consumo público e o previsível aumento dos custos de tratamento da água da albufeira, a Plataforma congratula-se com o cancelamento do regadio sul da Gardunha – Bloco da Marateca“, Lê-se na nota. 

A Plataforma reitera que “a Albufeira está assoreada e eutrofizada - Plataforma exige que seja avaliada e dragada a albufeira

"O cancelamento do regadio sul da Gardunha é uma boa noticia, mas a albufeira está assoreada e eutrofizada e a Plataforma vai exigir ás autoridades que seja efetuada uma avaliação do assoreamento, uma dragagem de forma a recuperar a capacidade de armazenamento e a qualidade da água, que se encontra eutrofizada devido a contaminação por fosforo, de águas residuais, dos lixiviados da agricultura, do gado e das más práticas agrícolas incluindo na faixa de proteção e na faixa reservada.

A plataforma fez um estudo conservador e estima que o assoreamento atual seja de 45% com 15,5 hm3,  o que reduz de forma muito relevante, o volume de água disponível para consumo da população".

 

A Plataforma diz que Plano de ordenamento da albufeira tem de ser revisto

"A Plataforma entende que o plano de ordenamento da albufeira ( POASAP) publicado em 2005 e que devia ter sido revisto em 2015 conforme mencionado no seu artigo 39, deve ser revisto com urgência e alargado, pois a faixa de proteção é diminuta e ainda assim nos últimos 19 anos, não conseguiu proteger devidamente a albufeira. Deverá ser elaborado um plano integral que considere toda a bacia que drena para a albufeira e concretizar no terreno efetiva fiscalização, eliminando as ilegalidades reiteradamente denunciadas pela Plataforma, mas que persistem no terreno: construções ilegais, destruição de carvalhais, vedações ilegais e ocupações de terrenos públicos, agricultura intensiva ilegal, violações ao código de boas práticas agrícolas, etc.

 

Plataforma explica falta de caudal "Ecológico" no Rio Ocreza

Algumas entidades da Plataforma têm recebido denúncias de pequenos agricultores, criadores de gado e outros utilizadores, que a jusante da Albufeira, o Rio Ocreza não tem água em diversos troços pelo que não estará a ser cumprida a descarga da albufeira, do caudal ecológico. A Plataforma irá sensibilizar e alertar, mais uma vez, as autoridades para que fiscalizem esta situação e garantam que o caudal ecológico é libertado no rio, de forma a manter as funções básicas ecológicas de suporte ao ecossistema."

 

A finalizar o comunicado a Plataforma afirma que "Regadio só a jusante da Albufeira pelos riscos ambientais

A Plataforma ira continuar a acompanhar a situação da albufeira e a pressionar as autoridades para que de futuro, caso seja construída a barragem do Barbaído, apenas seja permitido regadio a jusante da Albufeira, de modo a prevenir a contaminação da massa de água pelos lixiviados da agricultura intensiva, nomeadamente fertilizantes, pesticidas, herbicidas e o próprio assoreamento.

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