Castelo Branco: Quatro empresas têxtil do distrito acusadas de causarem “absoluto desespero"

O Sindicato Têxtil da Beira Baixa acusou hoje quatro empresas do setor no distrito de Castelo Branco de terem agido de má-fé e de falta de respeito pelos trabalhadores.

  • Economia
  • Publicado: 2024-02-08 14:05
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

“Os trabalhadores têm nos últimos meses sido confrontados com a falta de respeito e consideração por quem trabalha”, afirmou a estrutura sindical, em comunicado.

Na mesma nota, o Sindicato Têxtil fez referência às empresas Goucam e Dalina, em Castelo Branco, Unideco, em Penamacor, e Joalvi, em Belmonte, como exemplos de fábricas onde existiu “falta de vergonha” das gerências.

Mencionou situações de trabalhadores em “absoluto desespero, lançados para o desemprego com salários em atraso”.

“Todas estas quatro empresas agiram de má-fé, à traição e sem qualquer respeito pelos seus trabalhadores”, considerou o Sindicato Têxtil.

A estrutura sindical acrescentou que “esta não é a situação geral” nas empresas do setor e criticou os que querem fazer crer que o problema está na falta de encomendas, mencionando que há casos em que as unidades “fecharam e a empresa-mãe continua a mandar trabalho para países de mão-de-obra barata”.

De acordo com a mesma nota, esses materiais “depois voltam novamente a Portugal, para realizar arranjos nas peças”.

Segundo o Sindicato Têxtil, os funcionários da Goucam ficaram sem trabalho em novembro, com outubro por pagar, e só em dezembro receberam o subsídio de desemprego.

Através do mesmo comunicado, foi referido que quem trabalhava na Unideco, em Penamacor, ficou sem emprego e com o salário de dezembro e o subsídio de Natal em atraso, sem que a empresa se tenha apresentado à insolvência “e não dá qualquer perspetiva de futuro a estas trabalhadoras”.

Na Jovialvi, em Belmonte, foi relatado que as trabalhadoras foram informadas em janeiro que a empresa não iria reabrir, não se apresentou à insolvência, não pagou os vencimentos de novembro, dezembro, subsídio de Natal e parte do subsídio de férias, e “a gerência nem os requerimentos para o desemprego se dignou a assinar, obrigando as trabalhadoras a recorrer à Autoridade Para as Condições do Trabalho (ACT)”.

O Sindicato Têxtil acrescentou que na Delina, em Castelo Branco, onde as funcionárias foram informadas este mês da insolvência, os responsáveis da Twintex, no Fundão, empresa que, segundo a mesma nota, em dezembro de 2022 se apresentou às trabalhadoras como a nova gerência a partir de janeiro de 2023, “passado um ano descartou estas trabalhadoras sem se responsabilizar e até de dar a cara na hora em que são enviadas para o desemprego”.

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