Dez armários de distribuição de energia e um posto de transformação na Covilhã vão ser objeto de uma intervenção artística alusiva aos lanifícios, no âmbito do projeto “Dar energia à cultura”, da E-Redes.
O projeto, a executar em Maio, foi apresentado pela vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, que destacou a ligação que as pinturas vão ter com a história da cidade ligada à indústria dos lanifícios, integrando elementos como o debuxo, os padrões desenhados para os tecidos.
Segundo Regina Gouveia, as intervenções vão envolver a comunidade e escolas, orientados por um ou mais artistas que façam “uma curadoria que acrescente valor ao projeto” em residências artísticas previstas para abril.
De acordo com a autarca, os alunos das três escolas da cidade envolvidas vão, antes, visitar fábricas em busca de “inspiração de base”.
De acordo com os representantes das escolas, em todas as fases do processo, que passa também por oficinas com vista a fazer estudos para a elaboração de projetos artísticos, vão estar envolvidos cerca de 500 alunos.
Regina Gouveia destacou a importância de desafiar os mais jovens, porque “através dos alunos chega-se a outros segmentos” da população.
A vereadora pretende que as pinturas tenham “impacto e o envolvimento da comunidade”.
A escolha do tema deveu-se à ligação umbilical com a história da indústria têxtil do concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.
“O debuxo é um elemento, uma forma de design que é passível de uma identificação muito fácil por parte da comunidade. Todos conseguem relacionar o debuxo com o tecido”, salientou Regina Gouveia.
Também presente na conferência de imprensa de apresentação do projeto, a diretora da Escola Secundária Campos Melo, Isabel Fael, vincou a importância de “os alunos poderem intervir no espaço público e poderem conhecer melhor a sua história”.
O diretor da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Marco Santos, manifestou-se satisfeito por os estudantes da unidade de ensino poderem “ajudar a embelezar a cidade”, enquanto a representante da Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Maria Afonso, considerou “uma mais-valia o envolvimento dos alunos” e a oportunidade de “ligar o património industrial à criatividade”.
A pintura das 11 infraestruturas da rede elétrica resulta de uma candidatura apresentada pela Covilhã Cidade Criativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na área do design, frisou a vereadora.
O assunto tinha sido mencionado na última reunião pública do executivo, onde a oposição elogiou a iniciativa, pelo envolvimento da comunidade, das escolas e por mudar a imagem destas estruturas espalhadas pela cidade.
“Vão passar a ter uma nova imagem, um novo brilho”, salientou o vereador da coligação CDS/PSD/IL, Pedro Farromba, que felicitou Regina Gouveia (PS) pela implementação do projeto na Covilhã.
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