Tribunal do Trabalho de Sintra condenou a Federação de Judo ao pagamento das retribuições e subsídios em falta, desde Novembro de 2022 a Maio de 2023, depois de considerar ilícito o despedimento de Selecionadora Nacional de Judo a albicastrense Ana Hormigo
Na sentença do tribunal de Sintra, é também indicado não ter sido possível uma conciliação das partes, em audiência realizada em maio deste ano, e que, em junho, a federação apresentou a motivação “sem apresentar processo disciplinar”.
Da sentença, a advogada de Ana Hormigo, Maria Fátima Duro, enfatizou a razão dada à treinadora, lembrando a ausência de um processo disciplinar e em como a decisão da FPJ feriu o judo nacional
“A ausência de qualquer processo disciplinar, ao arrepio do que a lei determina, com um despedimento arbitrário, não fundamentado, prejudicou o trabalho desenvolvido pela até então treinadora”, adiantou Fátima Duro.
A advogada deixou ainda claro que o presidente destituído, Jorge Fernandes, “prejudicou os interesses do judo nacional, tanto ao nível económico, como ao nível da estabilidade da seleção nacional”.
Contactado pela agência Lusa, o atual presidente da FPJ, Sérgio Pina, eleito em abril, garantiu que assim que a sentença transite em julgado haverá lugar ao que a mesma determina, com o pagamento das remunerações e subsídios em falta à ex-selecionadora.
Sérgio Pina disse que a FPJ não pretende recorrer da decisão, mas que “a normalidade e a paz regressem em pleno à modalidade”.
O atual presidente confirmou ainda que o Benfica, tal como decidido anteriormente, continuará a ter um treinador a acompanhar os seus atletas do projeto olímpico na seleção, mantendo-se essa escolha no clube.
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