O PCP vai levar à discussão no Parlamento um projeto de resolução que defende a conclusão das obras e reabertura da linha ferroviária entre a Covilhã e a Guarda, informou fonte partidária à Agência Lusa.
O PCP vai levar à discussão no Parlamento um projeto de resolução que defende a conclusão das obras e reabertura da linha ferroviária entre a Covilhã e a Guarda, informou fonte partidária.
Os comunistas pedem também a reposição das carruagens e locomotivas do serviço Intercidades, entre Lisboa e Covilhã, com mais conforto e mais rápidas, no lugar das automotoras interurbanas adaptadas para o trajeto.
O projeto de resolução, entregue na quinta-feira e a aguardar agendamento, defende que até à reabertura do troço Covilhã - Guarda "a CP tem de assegurar transporte alternativo, passando em todas as localidades que ficaram privadas do transporte ferroviário".
O PCP recorda que, apesar de já terem sido investidos "sete milhões euros na requalificação e modernização" do troço entre a Covilhã e a Guarda, este está encerrado desde fevereiro de 2009.
Hoje continua a não existir nenhuma previsão para a conclusão das obras ou reabertura do troço.
Entretanto, a CP deixou de realizar o transporte rodoviário alternativo desde 01 de março.
Segundo esclarecimentos da empresa enviados à agência Lusa, a ocupação média dos autocarros era, no máximo, de três passageiros nos dias úteis, sendo que o encargo é de 10.500 euros por mês face a uma receita de 27.000 euros por ano.
No entanto, segundo o PCP, a ligação entre a Covilhã e a Guarda é vital, porque é a alternativa à Linha da Beira Alta para a circulação internacional - como já acontecia pontualmente em casos de incêndio florestal, acidente ou outras situações que obrigavam ao corte temporário da Linha da Beira Alta.
A incerteza face ao futuro da linha tem motivado diversas queixas de autarcas e associações nos últimos meses.
O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), revelou que lhe foi comunicado pelo Governo "que iria ser negociado com Bruxelas o relançamento do investimento público na via férrea", mas "se não o anuncia como uma intenção firme, temos aqui uma empresa [CP] que só tem como solução provável ser dissolvida".
A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, a 24 de fevereiro, por unanimidade, uma moção em defesa da modernização e da reabertura do troço da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã.
Por outro lado, a Associação dos Amigos da Linha da Beira Baixa tem contestado publicamente a substituição das locomotivas e carruagens do serviço Intercidades por automotoras interurbanas adaptadas, devido à falta de conforto e demora na viagem.
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