A biblioteca particular do comendador Sebastião Alves vai integrar o acervo da biblioteca municipal de Proença-a-Nova, onde jà se encontra em fase de instalação uma sala própria à qual será atribuída o nome do doador.
A biblioteca particular do comendador Sebastião Alves vai integrar o acervo da biblioteca municipal de Proença-a-Nova, onde se encontra em fase de instalação uma sala à qual será atribuído o seu nome. Por testamento feito em novembro de 2011, o empresário – falecido em janeiro passado – determina que os seus livros sejam doados à Câmara Municipal, tendo já sido recolhidas pela autarquia cerca de 100 caixas com esse conjunto de livros.
Nos termos do testamento, compete à biblioteca “manter e expor os livros que integram o legado separadamente dos demais que integram ou venham a integrar o seu espólio”, sendo ainda solicitada a colocação de uma placa identificativa da doação. Dada a importância do acervo em causa, assim como do contributo do empresário para a economia local, com a criação da antiga fábrica Sotima, o executivo municipal decidiu atribuir-lhe uma sala própria.
A par dos livros que adquiriu por interesse pessoal, recorde-se que a biblioteca do comendador Sebastião Alves foi enriquecida pelo facto de ter mantido atividade na área editorial. Em 1955 adquiriu uma empresa gráfica, Gris Impressores, e no ano seguinte associou-se ao escritor Fernando Namora para fundar a Editora Arcádia. Em 1958 fundou a Editorial Verbo.
Nascido na Amoreira, Sebastião Alves foi pintor da construção civil, estudante de medicina, deputado e empresário de um império construído a pulso. Iniciou-se no mundo dos negócios em 1944 como delegado de informação médica, passando a gestor em 1948. Presidente do grupo Atral Cipan, aos 90 anos era ainda o rosto de uma das maiores multinacionais no setor farmacêutico.
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