Diário Digital Castelo Branco - Castelo Branco: SEMPRE está atento e quer futuro para o concelho Di�rio Digital Castelo Branco - Not�cias num Clique

Castelo Branco: SEMPRE está atento e quer futuro para o concelho

O SEMPRE - Movimento Impendente realizou a sua rentrée política com um jantar no Restaurante da Piscina Praia, na passada quinta-feira, dia 22 de Setembro, que teve logo no início a intervenção política do seu líder Luís Correia, do Presidente de Junta na Freguesia de Stº André das Tojeiras, Luís Andrade, e do seu primeiro elemento que elegeu para a Assembleia Municipal, António Fernandes.

  • Região
  • Publicado: 2022-09-25 22:06
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

Este movimento político independente albicastrense que elegeu nas últimas Eleições Autárquicas de 2021 três vereadores, sete membros da Assembleia Municipal eleitos diretamente, oito presidentes de junta de freguesia e respetivos executivos e vários membros nas Assembleias de Freguesia, o que representa uma acentuada representação territorial em todos os órgãos do concelho, juntou neste evento cerca de 150 pessoas que apoiam o desempenho político do SEMPRE.

Antes de iniciar a sua longa intervenção, Luís Correia fez questão de referir que a rentrée política nasceu espontaneamente sem grande organização e, por isso, sem se ter tempo para avisar e convidar algumas pessoas que manifestaram vontade de também estarem presentes e não estiveram. Refutando qualquer tipo de exclusão e pedindo mesmo escusa pelo facto, o líder do SEMPRE anunciou que vai haver outro momento ainda em 2022 onde poderão estar todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, gostariam de estar presentes no evento da passada quinta-feira e não estiveram.

Ainda precedendo a sua intervenção política, o líder do SEMPRE referiu que o Movimento Independe defende, em primeiro lugar, as pessoas e sua relação de unidade, convidou todos os presentes a felicitar e cantar os parabéns ao Presidente da Junta de Freguesia de Tinalhas, José Carlos Ramos Dé, que fazia anos naquele dia.

De seguida, Luís Correia tomou a palavra e disse que era o momento de fazer um balanço de quase um ano do presente mandato autárquico, daquilo que tem sido concretizado, daquilo não que tem sido concretizado e da sua preocupação com o desenvolvimento do concelho de Castelo Branco.

"Infelizmente, o que podemos dizer, é que a avaliação é negativa por aquilo que tem sido feito ao longo deste tempo de mandato, e nós quando falamos, não falamos de uma forma redonda, justificamos tudo aquilo que temos a dizer, dizendo tudo aquilo com que concordamos e anunciamos o faríamos diferente se não concordarmos”, afirmou.

“Nota-se um desaproveitamento de todo o investimento que foi realizado e de projetos concluídos na última década pelo Município e os albicastrenses já estão a 'sentir na pele' que há muita coisa que não está a funcionar dentro da Câmara, como as revogações de tantos despachos como atualmente se fazem, nunca vistas anteriormente”, asseverou Luís Correia.

“Há uma necessidade por parte do executivo socialista de um ‘passa culpas’. O que ouvimos permanentemente não é uma objetividade relativa a uma estratégia de desenvolvimento para o concelho, mas é uma justificação porque é que as coisas correm pior do que aquilo que se verificou no passado recente albicastrense. Trata-se do ‘passar culpas’ para o mandado anterior, mas na verdade aquilo que está a acontecer é que o PS prometeu tudo e mais alguma coisa na campanha eleitoral de 2021 e quando enfrenta a real dificuldade da gestão autárquica, não faz mais nada do que ‘passar culpas’ para os seus antecessores. E aquilo que temos visto, é uma má concretização daquilo que o atual executivo socialista pretende fazer, nomeadamente, as trapalhadas que surgiram na aprovação do Orçamento Municipal de 2022 que inicialmente era de uma forma, passado pouco dias já não era bem aquele valor e depois de tudo aprovado foi comunicado que havia um erro de nove milhões de euros, o que demostra bem a incompetência do PS e daquilo de que é capaz.

Luís Correia continuou com exemplos da ‘trapalhada’ ao se referir á suspensão dos concursos de admissão de pessoal para a Câmara que o anterior executivo lançou, e a restruturação do pessoal da Autarquia, que o PS e o PSD aprovaram, sem pensar no que implica a contratação e necessidade de recursos humanos e que, passado todo este tempo, ainda não está a funcionar porque não foi concretizada. “O que quer dizer que o PS nem sequer consegue concretizar aquilo que é considerado por nós errado”, afirmou Luís Correia.

Outro exemplo da ‘trapalhada’ dado foi o conhecido caso do ‘Imbróglio’ na atribuição das verbas de Apoio ao Associativismo do Município que se manifestou com a dificuldade na interpretação das normas do Regulamento de Apoio ao Associativismo do Município de Castelo Branco (RAAMCB) https://www.cm-castelobranco.pt/media/8873/reg_363_2021_projeto_regulamento_apoio_associativismo.pdf , e que ainda hoje há Associações e Coletividades à espera que a autarquia resolva o problema que criou com a suspensão parcial do Regulamento quanto às atividades desportivas, nomeadamente, os artigos 19º e 20º, aprovada com os votos do PS e abstenção do PSD.

Falando das anulações de projetos do anterior executivo, o líder do SEMPRE deu o exemplo do concurso de ideias para as Hortas do Ribeiro, terreno existente junto da Rotunda Europa, que já estava a decorrer e que foi anulado pelo executivo socialista e até hoje nada apresentou como alternativa à requalificação daquele espaço.

“Perdeu-se a dinâmica económica, cultural, social e de comunidade que nós pusemos em prática e tornamos numa aposta muito concreta, nomeadamente, com prémios que fomos conquistando de que é exemplo a distinção que Castelo Branco conseguiu como Região Europeia Empreendedora. Como já vos disse, nós não temos conversas redondas e aqui há dias foi publicado no Diário da República um despacho onde eram conhecidas as certificações dos Centros Tecnológicos de Inovação do país e, na expectativa, fui procurar em que lugar tinha ficado o nosso Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), economicamente muito importante para a região, não o encontrei na lista e depois de algumas perguntas e pesquisas cheguei à conclusão que o CATAA, este ano, não foi certificado porque nem sequer concorreu” afirmou Luís Correia.“

O líder do SEMPRE ainda falou na ‘pasmaceira’ que se verifica na nova Incubadora de Empresas, situada no antigo quartel da Guarda Fiscal, ao alto da Qta do Amieiro e naquilo que aconteceu com a Fabrica da Criatividade que o que o mais que importou foi destituir a direção e não manter a estratégia de desenvolvimento que esta infraestrutura tinha para o concelho e região.

No âmbito da Coesão Territorial e fixação de pessoas promoveu-se um investimento económico de fileira que, ao se revitalizar um alambique existente em Stº. André das Tojeiras, pretende-se a criação de uma destilaria que continua na gaveta, sem se saber quando e se a iniciativa deixada pelo anterior executivo, vai ou não ser concretizada. 

Sem olhar ao valor económico que se realizava no investimento nas Freguesias, o anterior executivo deixou pronto o projeto do Pavilhão Multiusos de Cebolais de Cima / Retaxo e não foi lançado porque o executivo socialista acha que um milhão e meio ou dois milhões de euros é demasiado para uma freguesia que tem poucas pessoas residentes. “As pessoas que estão nestas freguesias, apesar de serem poucas, merecem o que a cidade lhe pode dar”, reiterou.

Outro exemplo que o líder do Movimento Independente albicastrense deu quanto à sua preocupação com o dispêndio orçamental das Juntas de Freguesia foi a moção de colocar um Multibanco em cada uma delas, assumindo o Município a despesa de investimento e a despesa de funcionamento desse serviço bancário.  

Luís Correia acusou o executivo do PS de plagiar as iniciativas do SEMPRE e deu o exemplo daquilo que se passou, no período temporal pós-Covid, com uma proposta que o Movimento Independente levou à reunião de Câmara para apoiar extraordinariamente as freguesias com um determinado valor para dinamizar as comunidades e a coesão territorial que foi chumbada pelo PS e PSD. Na Assembleia Municipal seguinte a esta reunião de Câmara, o PS, mudando os valores da proposta do SEMPRE, veio com uma proposta idêntica sem referir que a ideia partiu do Movimento Independente.    

Em relação a assuntos locais, mas da responsabilidade do Governo, o líder do SEMPRE ainda se referiu à fraca influência do PS local na manutenção dos postos de trabalho da empresa DIELMAR que passou de 420 para 170 trabalhadores. Na construção do IC31 com duas faixas de rodagem para cada lado em vez de uma via com perfil de ‘pequena estrada’, da manutenção da maternidade no Hospital Amato Lusitano, da construção da Barragem do Alvito  

e da interferência na autonomia do Instituto Politécnico por pate do Ministério da Educação na sua restauração, pondo em causa a importância que aquela instituição tem para a região e do país.

Luís  Correia também manifestou tristeza e preocupação com a secundarização que Castelo Branco começa a ter em relação ao desempenho da cidade da Covilhã. “Vemos hoje a Covilhã a dar passos à frente da capital do distrito que somos”, reiterou.  

Já relação à construção da Barragem do Barbaído, promessa do PS nas Eleições Autárquicas de 2021, o SEMPRE está favor, mas recusa que seja paga pelos albicastrenses uma vez esta barragem foi concessionada às Águas de Portugal S.A. “e esta empresa, através do governo, é que tem a obrigatoriedade de assumir o custo da sua concretização”, declarou.

Luís Correia terminou a sua intervenção perguntando aos presentes “Digam-me o que seria o concelho de Castelo Branco se hoje não existisse o SEMPRE- Movimento Independente? Somos os únicos que acompanhamos verdadeiramente a política local e que nos preocupamos com o desenvolvimento de Castelo Branco. Somos os únicos que apresentam propostas com prestativa construtiva e estamos na política com elevação”.    

Em representação das Juntas de Freguesia eleitas pelo SEMPRE tomou a palavra Luís Andrade, Presidente da Junta de Freguesia de Stº André das Tojeiras, que começou por dizer que “na política local, as pessoas fazem toda a diferença. E nós estamos diariamente a sentir essa diferença, mas, infelizmente essa diferença não é para melhor. Os eleitores escolheram quem queriam que gerisse o destino das freguesias e do concelho. Respeitamos a legitimidade de cada um. Bom seria que muitos, de outras forças politicas também o fizessem, mas por vezes esquecem-se que nós, presidentes de junta e respetivos executivos do SEMPRE, também fomos eleitos e por isso merecemos respeito institucional. No passado, os presidentes de junta e respetivos executivos, tinham no presidente da Câmara Municipal uma confiança que permitia partilha de dificuldades, de problemas e encontro de soluções a contendo das partes. De forma célere e adequada, o que permitia uma rápida solução dos problemas. Neste mandato ainda não se deu conta nem se perspetiva que venha a acontecer. Também se notava um dinamismo e uma simbiose Rural/Urbano onde as freguesias contavam para a dinâmica do concelho. Neste mandato não se nota nada e parece que isto tem caído por terra. Mais uma vez se nota que as pessoas fazem toda a diferença.

Atualmente o relacionamento institucional entre a Câmara Municipal e as Freguesias é uma coisa estranha. Não se pode dizer que não existe, o que se nota é que existem diferenças e essas diferenças para pior. Gostaríamos de manter uma parceria ativa com a Câmara no sentido de juntos poder-mos delinear de projetos integrados, geradores de riqueza, mantendo e criar condições de bem-estar à população, a tão falada coesão territorial. Mas para que isto tudo aconteça, é necessário haver uma vontade comum e nós só vemos essa vontade do nosso lado”, reiterou o Presidente da Junta de Freguesia de Stº André das Tojeiras.

“Lamentavelmente, não vemos nada ou quase nada a ser executado pela Câmara Municipal. Nem por exemplo, uma simples limpeza dos caminhos florestais que anualmente se realizava e que em muito contribui para a defesa da nossa floresta. Este ano, até agora nada!” Exclamou Luís Andrade.

“Valem-nos os três vereadores do SEMPRE pela diferença na qualidade de ideias, na clareza e pertinência na apresentação dos projetos e nas soluções apresentadas. Deixo como exemplo das caixas Multibanco para as freguesias.

As Juntas de Freguesia apresentam ideias, projetos, orçamentos e disponibilidade para os concretizar, mas da parte do Sr. Presidente da Câmara é quase sempre a mesma. ‘Não sabia. Não conheço. Vou pensar…’ Da parte da Câmara Municipal nota-se um vazio de ideias, um desconhecimento do território, das nossas especificidades, das nossas gentes e uma inercia total em assuntos de caracter meramente administrativo. Parece ter deixado de haver, também, pensamento estratégico e pro-atividade.

As pessoas fazem-nos chegar a informação que a Câmara Municipal não lhes resolve os problemas, solicitando-nos apoio e dando força ao SEMPRE – Movimento Independente no sentido de continuarmos a estar presentes e de as ajudarmos a resolver as suas dificuldades.

Nós, os presidentes de junta do SEMPRE, cá continuaremos a trabalhar e continuaremos a exigir tudo o que as pessoas das nossas freguesias têm direito e merecem. Contudo, há barreiras que dificultam muito o trabalho das freguesias. As pessoas conhecem-nos e sabem que podem continuar a contar connosco.

Caras e caros amigos, estando com os pés no presente e olhando para o futuro, quero-vos dizer que cada vez mais tenho a certeza que o SEMPRE – Movimento Independente é a alternativa que os albicastrenses esperam. Da nossa parte, continuaremos a realizar um trabalho sério e realista. Respeitando a consciência de cada um, permitindo que expressem com toda a convicção a sua opinião em

prol da defesa dos interesses das pessoas. Vamos continuar a trabalhar de forma séria e honesta em prol das pessoas, colocando-as sempre em primeiro lugar, porque Castelo Branco merece, pela sua história, pela sua gente, mas sobre tudo, por ser a nossa terra”, concluiu Luís Andrade.

Por último tomou a palavra António Fernandes, elemento do SEMPRE da Assembleia Municipal de Castelo Branco e tomou a palavra agradecendo a Luís Correia “o esclarecimento que fez através da sua ampla e detalhada intervenção à cerca de muitos aspetos onde não se fez, não se faz e o que se fez, acho que não foi feito na melhor base. E isto está a ter sérias consequências para os albicastrenses, para todos aqueles que residem no concelho de Castelo Branco, para todos aqueles que provavelmente viriam cá, para todos aqueles que viriam para cá e também para aqueles que cá estão e que começam a sentir vontade de não estar cá! Também há alguns que começam a sentir essa vontade porque deixam de sentir aquele Castelo Branco, aquela cidade, aquele concelho com a pujança que nós conhecemos há alguns anos a esta parte.

Nota-se no Dr. Luís Correia uma preocupação constante com Castelo Branco e com as pessoas de Castelo Branco que tem que ser mantida. Disponibilidade e vontade que têm que se tem manter, e, portanto, nós estamos aqui para o continuar a incentivar, apoiar, e para continuarmos, de certa forma, a aumentar o seu desassossego… E o SEMPRE está vivo! Está atento! Aliás, muito atento, e quer futuro.

Fazendo uma autoavaliação muito positiva das posições do SEMPRE na Assembleia Municipal. Esclarecendo ainda as pessoas presentes que só existem atas das Sessões da Assembleia até Fevereiro de 2022.

 

PUB

PUB

PUB

PUB