O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) está a contestar junto do Governo a possibilidade de ser retirado o financiamento comunitário atribuído para construção da Escola Superior de Artes (ESART), informou hoje o presidente da instituição, Carlos Maia.
O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) está a contestar junto do Governo a possibilidade de ser retirado o financiamento comunitário atribuído para construção da Escola Superior de Artes (ESART), informou hoje o presidente da instituição, Carlos Maia.
Este responsável disse que o IPCB já remeteu ao executivo uma exposição sobre o assunto e continua a estabelecer contactos para garantir as verbas destinadas à obra, que "já está a concurso".
Em causa está a decisão do Governo de redistribuir as verbas comunitárias de projetos que não tenham execução física, como é o caso das instalações da ESART, só que, no caso, Carlos Maia refere que não há obra por culpa da administração central.
Há dez anos que o IPCB negoceia, sem sucesso, o financiamento das instalações definitivas, chegando a ter financiamento europeu aprovado e faltar a contrapartida nacional - que acabou por ter de ser assumida no início do mês pela Câmara de Castelo Branco.
A decisão "demorou por causa dos governos e deste folhetim que se prolonga no tempo. Estamos a demonstrar que, na nossa perspetiva, a nossa situação é claramente uma exceção", sublinhou Carlos Maia.
Por outro lado, o presidente do Politécnico frisou que, com a componente nacional garantida pelo município, a obra não mexe com a contabilidade do Orçamento de Estado.
O investimento está orçado em 5,1 milhões de euros e 70 por cento do valor (ou seja, 3,57 milhões) está garantido pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, cabendo o restante ao município (1,53 milhões).
Com o concurso para a obra a decorrer desde o início de março, o presidente do IPCB já referira à agência Lusa que espera ver os trabalhos no terreno a partir do verão.
A ESART é a única escola de ensino superior artístico do interior do país, tendo sido criada em 1997, mas funciona ainda em instalações provisórias.
Tem 744 alunos, quatro cursos de licenciatura e cinco de mestrado, com um leque formativo que vai desde a música e artes plásticas até ao design e multimédia.
As instalações definitivas estão projetadas para no Campus da Talagueira, que prevê ainda a construção do bloco central do IPCB e do edifício da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias - o único que acabou por ser construído e que está a funcionar.
Ao lado daquele espaço está instalada também a Escola Superior de Tecnologia, passando o IPCB a ter várias escolas na mesma zona, "o que permitirá rentabilizar bastantes recursos".
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