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Afeganistão: Portugal pode acolher no imediato mais de 300 pessoas

Portugal tem capacidade para receber no imediato mais de 300 cidadãos afegãos, além de 840 famílias já se terem mostrado disponíveis para os acolher, divulgou o Governo.

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  • Publicado: 2021-08-26 16:10
  • Por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

A mesma fonte governamental garantiu que vão ser acolhidos todos os que colaboraram com as forças nacionais, no caso “116 cidadãos afegãos, que engloba quem trabalhou com as forças nacionais destacadas e as suas famílias nucleares”.

De acordo como Governo, e como resultado de um trabalho levado a cabo pelo Alto Comissariado para as Migrações (ACM), há “confirmação de disponibilidade de acolhimento de mais de 300 cidadãos, distribuídos pelo país”, no âmbito da rede de parceiros e entidades de acolhimento.

Esta rede de parceiros inclui, para já, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, as Câmaras Municipais de Sintra, Fundão e Lisboa, Cruz Vermelha Portuguesa, Conselho Português para os Refugiados, além das associações ADOLESCER, ENTREMUNDOS, Púcura de Barro, Fios e Desafios, FISOOT Lda e Centro Social Soutelo.

“Estão a ser desenvolvidos todos os esforços de preparação para a chegada dos cidadãos afegãos a território nacional, em estreita colaboração com estes parceiros, tendo o ACM promovido reuniões de acompanhamento, visitas aos alojamentos e atualização diária das disponibilidades demonstradas”, refere o Governo.

Além desta possibilidade de acolhimento, o ACM recebeu também a manifestação de disponibilidade por parte de 840 famílias de acolhimento, através de um formulário público para cidadãos individuais, divulgado no dia 17 de agosto, e que registou mais de 4.400 respostas até ao dia 20 de agosto, quando encerrou.

Através desse formulário, o ACM recebeu não só 840 manifestações de interesse de famílias de acolhimento, mas também 350 respostas de acolhimento, 4.666 respostas para fornecimento de bens essenciais, 941 respostas para apoio psicológico ou outras 1.611 para apoio social.

Todas estas respostas vão agora ser analisadas pelo ACM para verificar se efetivamente reúnem as condições necessárias, nomeadamente no que diz respeito ao acolhimento e alojamento.

O ACM criou também um outro formulário para organizações da sociedade civil, através do qual recebeu 31 respostas por parte de organizações que demonstraram não só disponibilidade para ajudar no acolhimento, mas também a procurar trabalho ou disponibilizar bens essenciais.

Da parte do Governo, a afirmação é a de que o país “participa nos esforços internacionais em curso para o acolhimento de cidadãos afegãos e mostrou-se imediatamente disponível para receber 50 pessoas”.

“Hoje, podemos já afirmar a nossa capacidade e disponibilidade para ultrapassar esse número, sendo que estão a ser desenvolvidos todos os esforços para retirar as pessoas que constam da lista prioritária de Portugal, por terem trabalhado diretamente para as forças nacionais destacadas (FND) no Afeganistão”, refere a mesma fonte, acrescentando que estão em causa 116 pessoas.

Nesse âmbito, “Portugal garante o acolhimento de todos os cidadãos afegãos que colaboraram (por exemplo, como intérpretes) com a força nacional destacada no Afeganistão, no quadro da NATO”.

Além destas pessoas, o país irá também colaborar para acolher afegãos que “colaboraram noutros enquadramentos da NATO e também com a União Europeia”, nomeadamente no apoio à embaixada em Cabul ou noutros projetos de cooperação.

De acordo com a fonte governamental, neste momento está a ser feita a identificação das famílias que vão ser acolhidas em Portugal, e a ser preparada a modalidade e o calendário para esse acolhimento.

O país irá também receber cidadãos afegãos no quadro de operações de proteção conduzidas pelas Nações Unidas.

“Estamos também a receber e analisar pedidos de acolhimento dirigidos diretamente a Portugal, designadamente por pessoas e grupos profissionais em situação de particular vulnerabilidade ou risco (como jornalistas, mulheres juristas, estudantes, ativistas de direitos humanos)”, refere a mesma fonte, acrescentando que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já está a realizar as diligências de segurança que se impõem nestes casos.

O Governo refere, por isso, que o número de pessoas que será efetivamente acolhido, a modalidade de acolhimento e o calendário de chegada ainda não estão concluídos e serão “divulgados oportunamente”.

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