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Idanha-a-Nova: Joaquim Morão deixou uma dívida de um milhão e setecentos mil contos à Câmara em 1997

O carismático e histórico socialista, Joaquim Morão, deixou uma dívida à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova de um milhão e setecentos mil contos, o equivalente a oito milhões de euros, aquando da sua ida para a Câmara de Castelo Branco ao vencer as eleições autárquicas de 1997.

  • Economia
  • Publicado: 2021-08-16 06:01
  • Por: José António Baleiras

Na altura, o seu sucessor, Francisco Baptista, eleito com a maioria do executivo camarário pelo Partido Social Democrata (PSD) com três vereadores, acordou com Morão não pedir uma auditoria à contabilidade da autarquia e tornar pública a situação financeira que 'herdou', que dificultou o exercício do seu mandato e causou descontentamento no seio do seu executivo camarário.

Para além da divida, o ex-presidente idanhense, deixou, ao seu sucessor, o Centro Cultural Raiano (CCR), sob a direção do historiador, Pedro Salvado, filho do conhecido poeta albicastrense António Salvado, com uma avença mensal no valor de 250 contos, o equivalente 1 250 euros, ao maestro António Vitorino d'Almeida, para dirigir artisticamente aquele espaço cultural. O CCR foi inaugurado em 1997 pelo entao Presidente da República, Jorge Sampaio.

Todavia, Francisco Baptista, que perdeu as eleições autárquicas em 2001 por 4 votos, viria a entregar as contas da câmara em dia ao seu sucessor socialista, Álvaro Rocha, mandatário da atual recandidatura de Armindo Jacinto às eleições do próximo dia 26 de Setembro, as contas da Câmara em dia.

Contacto pelo Diário Digital Castelo Branco (DDCB), Francisco Baptista, afirma não ter havido nenhum acordo com o seu antecessor para não pedir a auditoria e tornar pública a situação financeira da Câmara, mas não nega o montante da dívida que assumiu e não explica porque é que não tornou pública, junto dos munícipes, a situação financeira que recebeu.

Já Joaquim Morão, questionado pelo DDCB, porque é que nunca revelou em todas as entrevistas e livros que já foram editadas e publicados, respetivamente, sobre a sua atividade política, não respondeu até ao final da edição deste artigo, qual o motivo desta omissão.

De recordar que, em 1979, Joaquim Morão, funcionário da Caixa Geral de Depósitos, era o segundo vereador do executivo camarário do então presidente de Câmara, o médico Pedro Camacho Vieira, que viria a ser vítima de um acidente de viação perto de de Ponte de Sôr em 1981, quando assumiu os destinos da autarquia na sequência do falecimento do edil. Atualmente Morão é Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola da Beira Baixa Sul. 

 

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