Covid-19/Castelo Branco: BE elogia iniciativa do Presidente de Junta ao pedir aos albicastrenses que sejam responsáveis

Luís Barroso, cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia de Freguesia de Castelo Branco esteve presente, à semelhança de todos os representantes dos partidos políticos, numa conferência de imprensa, que decorreu esta 2ªfeira, dia 18 de Janeiro, promovida pelo Presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, sobre a atual pandemia, e cuja ideia foi bem recebida e acolhida pelo bloquista albicastrense.

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  • Publicado: 2021-01-19 00:00
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

O dirigente do BE afirmou estar preocupado com o agravamento da situação pandémica e com a enorme “pressão” sobre os hospitais e os seus profissionais de saúde, onde os cuidados intensivos estão no limite, pois o número de internamentos não para de crescer.

Luís Borroso declarou ser "doloroso e confrangedor assistirmos, diariamente, às imagens que passam nas televisões, dos hospitais, das enfermarias e das filas de espera das ambulâncias para deixarem os doentes infetados.

"Desconheço, em concreto, o que se passa localmente na nossa Unidade de Saúde, pois só nos transmitem o que lhes interessa, e muitas das vezes 'escondem' a verdadeira realidade dos factos, incompreensivelmente, sem sabermos a razão por que o fazem. A situação eminente de rutura do Serviço Nacional de Saúde, que felizmente para todos nós existe, e tem dado provas da sua fundamental importância nesta luta contra a pandemia, mas que já está perto do limite, pelo que a requisição civil dos privados que está prevista na Constituição e na Lei de Bases de Saúde, bem como no estado de emergência, torna-se premente", afirmou. 

Luís Barroso disse ser urgente a requisição de todos os meios disponíveis sejam privados, sociais, ou seja o que for para esta luta sem tréguas. A hora da solidariedade nacional para se salvarem vidas, não pode ter ideologias nem disputas sem sentido," afirmou na conferência de imprensa. 

O bloquista reconhece, ainda, que existiu uma falta de preparação em relação ao que aí vinha, situação alertada por vários especialistas e que não foi valorizada.

Portugal já é o País do Mundo com maior número de casos por milhão de habitantes, e ainda hoje superamos o número máximo de mortes diárias com 167 óbitos. O confinamento geral não está a resultar porque as deslocações autorizadas são muitas em relação às obrigações.

Luís Barroso referiu que "As pessoas não entenderam a mensagem pelas suas contradições, aligeirando os seus comportamentos e o recolhimento domiciliário.Têm de ser revistas as medidas de confinamento com o seu agravamento, o que é de consenso geral, e exercida uma maior fiscalização pelas entidades competentes. É necessário dar condições às pessoas e garantir de que não vão ficar sem rendimento. Esta é a parte da intervenção política e pública. Os apoios devem ser mais robustos e mais céleres para as famílias e as empresas, quer localmente quer a nível nacional.

Nunca vi ou ouvi em qualquer conferência de imprensa local, a presença, conjunta, dos presidentes das duas autarquias mais importantes do concelho, divulgando as medidas de apoio às pessoas, às empresas e ao comércio, de forma a concertarem posições, atuações e aplicação desses apoios.

Apesar das condições pandémicas as pessoas quiseram ontem votar por antecipação e mobilidade, o que foi o meu caso, porque entendi ser a mais segura e responsável, de forma a evitar ajuntamentos e manter o distanciamento social.

Enganei-me, infelizmente, pois não existiu planeamento, orientação, preparação e não foram garantidas as condições sanitárias para este exercício de votar que é uma das principais conquistas do 25 de abril de 1974.

A minha indignação e preocupação com o sucedido, foram manifestadas num protesto escrito que fiz na mesa onde votei e será enviado, também, para a administração eleitoral.

São situações destas de irresponsabilidade de quem tem de dar o exemplo de responsabilidade, que não podem voltar a acontecer, e poderão, esperamos que não, contribuir para o agravamento da situação de contágio.

Deixo um apelo para que todos nós Albicastrenses, respeitemos o confinamento em vigor e as medidas adicionais que certamente serão impostas pelo governo ainda hoje.

Que se cumpram as recomendações das autoridades de saúde (uso de máscara cirúrgica e não social, lavar as mãos, arejar os espaços físicos, manter o distanciamento social e limitar os contactos às pessoas que vivem connosco). Que o bom senso e o equilíbrio por parte de todos, agora mais que necessários para que a pandemia não continue a alastrar. Não existindo saúde não há economia. Chega de mortos!" Concluiu Luís Barroso.

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